Cresce a participação de mulheres negras no mercado

O mercado de trabalho brasileiro experimentou mudanças substantivas nos últimos dez anos.


Publicação: 31/05/2007
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           O mercado de trabalho brasileiro experimentou mudanças substantivas nos últimos dez anos. Assistimos, no final da década de 90, às consequências da conjugação de baixas taxas de crescimento econômico e do processo de reestruturação produtiva, que levou a um importante aumento do desemprego, à perda do poder aquisitivo dos rendimentos do trabalho e à ampliação do contingente de trabalhadores e trabalhadoras em situações de inserção precária no mercado de trabalho.

           A partir dos primeiros anos da presente década, apesar das modestas taxas de crescimento econômico do país, começa a haver uma reversão destas tendências, com a geração de um número significativo de postos de trabalho, acompanhada por um processo intenso de formalização do emprego: entre 2003 e 2006 foram gerados 4,6 milhões de empregos formais.

           Além disso, observa-se o início de uma recomposição do poder de compra dos salários, q ue passaram a apresentar ganhos reais. O Brasil atinge, em 2005, uma População Economicamente Ativa (PEA) de mais de 94 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste cenário de mudanças, talvez as de maior significado para o futuro sejam a presença definitiva e crescente das mulheres em busca de oportunidades profissionais e a intensificação da discussão sobre a desigualdade racial no país, que se instala na agenda pública, trazendo à tona dados irrefutáveis sobre a discriminação da população negra no trabalho, sofrida com dupla intensidade pelas mulheres negras.

             Desejo pessoal de realização e autonomia, necessidade de compor a renda familiar ou obrigação de assumir a responsabilidade total da família pelo desemprego ou ausência do cônjuge são alguns dos fatores que contribuíram para que, ao longo das últimas décadas do século XX, a participação das mulheres no mercado de trabalho fosse crescente.  Há especial incremento na ocupação das mulheres negras, que cresce 40,8%, enquanto para as mulheres brancas amplia-se em 22,4%. Isto significa um crescimento total de 30,2% na ocupação das mulheres ao longo de 10 anos.

               Para a população negra, a ocupação mostrou também crescimento mais expressivo: 33,1%, em comparação aos 15,1% do crescimento da população branca, resultado decorrente, principalmente, do baixo crescimento da ocupação dos homens brancos: apenas 10,0%. Observa-se, assim, uma tendência à melhor distribuição da ocupação no mercado de trabalho brasileiro, embora as mulheres ainda estejam em patamares inferiores aos homens e os resultados gerais expressem os desajustes decorrentes da desestruturação do mercado de trabalho no país, que afetaram fortemente a ocupação dos homens brancos, em geral, de maior qualificação e remuneração.

Fonte: OIT (Organização Internacional do Trabalho)



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