A economia brasileira e a crise financeira internacional

Leia a seguir matéria publicada pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários


Publicação: 06/02/2009
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  Apesar de a economia brasileira fazer parte da ordem financeira internacional globalizada, as condições em que se encontra são bem mais favoráveis para o enfrentamento da crise. Tal situação fica evidente pelo bom desempenho alcançado pelo país atualmente. A eclosão da crise internacional ocorreu em um momento em que a economia do Brasil atingia o mais alto grau em um processo de expansão, iniciado no segundo trimestre de 2006, que atingiu seu melhor desempenho entre julho e setembro de 2008.  

   Nos últimos três anos, a atuação da economia brasileira se apóia cada vez mais na demanda interna, que vem sendo afetada positivamente pelo crescimento do rendimento das famílias. Isso graças à recuperação do poder de compra do salário mínimo, das políticas de renda mínima e da ampliação do acesso ao crédito, além da melhora do ambiente para as negociações coletivas e do aumento do emprego formal no mercado de trabalho. Os dois últimos pontos citados vêm permitindo que um crescente número de categorias profissionais conquiste reajustes salariais acima da inflação.

Apesar da crise mundial, país continua em expansão  

  A partir dos últimos três meses de 2008, também a economia brasileira passou a sentir os efeitos da propagação da crise financeira americana. Houve a queda do volume e dos preços de determinados produtos exportados, a restrição do crédito e o aumento das incertezas quanto ao futuro, o que influenciou nas decisões de investimento e de produção. Mas mesmo considerando resultados negativos para o mês de dezembro, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para no ano de 2008 deverá alcançar uma taxa de aproximadamente 5,7%. Neste caso, o crescimento médio anual entre 2003 e 2008 alcançará uma taxa de 4,8%, contra 2,3% observados no período 2000 a 2003. A economia brasileira continua crescendo.  

   O mercado de trabalho brasileiro, de certa forma, sempre esteve “em crise”, ou seja, sempre teve que administrar problemas que se revelam estruturais, como a baixa taxa de participação da população em idade ativa no mercado de trabalho, o alto índice de informalidade, os altos índices de desemprego, os baixos níveis de remuneração, a alta concentração de renda, as altas taxas de rotatividade da mão-de-obra, etc. Diante do elevado grau de incerteza provocado pela deterioração do cenário de crise da economia internacional, era de se esperar uma alteração significativa nas decisões de investir e de ampliação da produção em alguns departamentos, como a retração do nível de produção.  

  Por isso, vemos serem adotadas medidas de suspensas das atividades em diferentes setores, com a utilização da concessão de férias coletivas, corte de contrato de empresas terceiras e demissões de trabalhadores temporários. Se por um lado o uso desses recursos pode ser de caráter provisório, até que o cenário ganhe contornos mais nítidos, sabemos que a sua permanência e o risco de sua generalização pode ter como conseqüência o aprofundamento da crise.

Grande mídia distorce o quadro econômico  

  Ao contrário do que vem sendo alardeado pela grande mídia nacional, o governo busca recursos para assegurar um desempenho positivo da economia do país em 2009 e evitar que sejam maiores os efeitos da crise financeira internacional sobre o país. Entre as medidas estão a sustentação dos níveis de emprego e de renda, a manutenção das políticas de garantia de renda, a ampliação dos gastos públicos, além restauração do acesso ao crédito, que deverá estar acoplada a uma forte e contínua redução das taxas de juros pelo Banco Central.  

  Por sua vez, cabe chamar a atenção das organizações sociais e de representação populares e sindicais que discutir medidas para “resolver” a crise, focando a necessidade de construção de um projeto que incorpore todo o povo brasileiro em busca do desenvolvimento nacional. Cabe alertar que esse processo envolve a disputa de interesses entre diferentes atores sociais, que têm recursos de poder desiguais. 

Fonte: Sindicato Nacional dos Aeroviários



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