20 de novembro é dia da Consciência Negra

Esta data foi criada em homenagem a Zumbi, grande líder dos Quilombos dos Palmares


Publicação: 20/11/2008
Imagem de 20 de novembro é dia da Consciência Negra

                A CUT participa neste mês de novembro de várias manifestações por todo o Brasil ao lado de outras entidades do movimento social contra a discriminação racial. Em São Paulo, será realizada na quinta-feira, dia 20, a 5ª edição da Marcha da Consciência Negra que terá como tema "Os 120 Anos de Abolição Inacaba".

                O ato constitui a indignação e o protesto às condições subumanas ainda impostas aos negros e negras. "A Marcha é uma forma de ampliar para a sociedade o debate sobre a questão racial no Brasil e simboliza a luta dos movimentos sociais organizados contra a discriminação, em defesa de igualdade de oportunidades, por políticas afirmativas entre outras bandeiras históricas do movimento negro", destaca Marcos Benedito, coordenador da Comissão Nacional contra a Discriminação Racial da CUT.  

              A mobilização por uma marcha do movimento negro teve seu primeiro ato em 1995, nos 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares. A manifestação teve como grande palco Brasília e contou com a participação de mais de 30 mil pessoas. O principal objetivo era ampliar o debate sobre o racismo e fazer um protesto contra as péssimas condições em que vive a maior parte da população negra.

Instituição do dia 20

              A história do dia 20 de novembro se confunde com a data da Abolição dos escravos. Ela foi criada em homenagem a Zumbi, grande líder dos Quilombos dos Palmares e símbolo da resistência contra a escravidão. Em 20 de novembro 1971, o Grupo Palmares de Porto Alegre (RS), realizou o primeiro ato público da história do Brasil em homenagem a Zumbi.

               O Núcleo Negro Socialista propunha sair às ruas nesta data porque avaliava que o 13 de Maio era uma data simbólica para população negra que ainda acreditava na "generosidade" da princesa Isabel e no mito democracia racial, e exatamente por estes motivos era necessário reconstruir essa história através de uma visão crítica sobre o que fora a Abolição da Escravatura.

                Foi assim que o dia 13 de maio entrou no calendário de luta como o Dia Nacional de denúncia contra o Racismo.  Enquanto o 20 de novembro foi instituído como o Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi assumida pelo Movimento Negro Unificado em 1978 e a partir daí passou a ser comemorada por todas as organizações negras como a data mais importante da população brasileira.  

Zumbi dos Palmares

                Quilombo dos Palmares, fundado no ano de 1597, foi um grande local de abrigo para os negros refugiados da época. Alguns anos após a sua fundação, ele foi invadido por uma expedição bandeirante e muitos dos seus habitantes, inclusive crianças, foram mortos. Um recém-nascido foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife.

               O menino foi batizado pelo padre com o nome de Francisco, que além de criá-lo, ensinava a leitura e a escrita. O convívio com o religioso fez o garoto aprender os assuntos bíblicos e aos 12 anos já se tornará coroinha. Entretanto, a população local não aprovava a atitude do padre, que criava um negro como filho, e não como servo. Apesar do carinho que sentia pelo seu pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa de sua cor.

                Indignado com a violência praticada contra os escravos nos engenhos e praças públicas, ao completar 15 anos, resolveu se unir ao seu povo na luta por melhores condições de vida. Caminhou cerca de 132 quilômetros para chegar a Serra da Barriga, sede administrativa do Quilombo. Como era de costume na cultura quilombola, recebeu uma família e um novo nome.

                Agora, Francisco era Zumbi. Com os conhecimentos repassados pelo padre, Zumbi logo superou seus irmãos em inteligência e bravura. Aos 17 anos tornou-se um segundo líder, já que nessa época o Quilombo era chefiado por Ganga Zumba, Após a morte de Ganga Zumba, Zumbi assumiu o posto de grande líder dos Palmares e levou a luta pela liberdade até o final de seus dias. Em 1692 derrota a expedição comandada por Domingos Jorge Velho. Dois anos mais tarde acaba cedendo diante dos novos ataques e foge, mas continua a resistência contra os brancos. 

                Contudo, em 20 de novembro de 1695, Zumbi foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo. Zumbi foi torturado e morto. A sua história fica de lição para a população negra, que não se pode desistir de lutar pelos direitos igualitários a todos. Devemos fazer como o rei Zumbi: Lutar contra todo e qualquer tipo de discriminação, seja ela qual for.

Fonte: CUT Nacional

 



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