O
presidente da TCB (empresa de transportes coletivos de Brasília),
Carlos Alberto Koch, disse na quinta-feira, 27, que 400 motoristas
e cobradores devem passar a reforçar o novo sistema de transporte
público do Distrito Federal a partir de segunda-feira, dia 3 de
março. (Foto:
Divulgação)
A ideia é que eles, que já foram demitidos pelas empresas que
controlavam o serviço anteriormente mas ainda não receberam
rescisão salarial, sejam amparados por uma ação do Sindicato dos
Rodoviários junto à Justiça.
Ainda de acordo com Koch, a capital do país tem cerca de 500 ônibus
parados por falta de motoristas e cobradores para conduzi-los.
Ação trabalhista
O Sindicato vai entrar com uma ação trabalhista solicitando o
rompimento do contrato com o empregado anterior. “Eles alegam o
risco de sucessão de débitos trabalhistas, mas, com essa ação, ele
fica afastado. A partir disso, podemos fazer a convocação
imediatamente”, afirmou Koch.
O GDF vai intermediar uma reunião entre a Viação São José e os
rodoviários. O presidente da TCB afirma que o resultado deve ser o
mesmo, terminando com a recontratação de outros 200
rodoviários.
Greve por 24 horas
A categoria encerrou às 4h de quinta uma paralisação que afetou as
regiões do Paranoá, São Sebastião, Santa Maria e Gama por 24
horas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, a
ação reuniu 2,5 mil funcionários que trabalhavam nas empresas
Planeta, Pioneira, Cidade Brasília e Satélite, do grupo
Constantino.
A Viação Pioneira, única do grupo que continua operando, afirma que
não tem condições de quitar as dívidas trabalhistas, mas informou
que vai convocar os rodoviários para recolocá-los em outras
linhas.
R$ 120 milhões
Em 22 de outubro, os deputados distritais aprovaram em plenário o
projeto de lei que permitiria ao GDF pagar as rescisões
trabalhistas dos rodoviários dispensados pelas empresas que estão
deixando o sistema de transporte público. O repasse total seria de
R$ 120 milhões.
A iniciativa foi contestada pelo Ministério Público. O promotor de
Justiça Antônio Suxberger afirmou que os deputados não poderiam
criar despesa para o transporte público, o que é vedado pela Lei
Orgânica do DF.
No dia 17 de dezembro, o Conselho Especial do Tribunal de Justiça
acatou em caráter liminar a contestação do MP. Não há prazo para o
julgamento do mérito.
Redação com
G1
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