Após
receber um aviso da Justiça sobre o pedido de liminar enviado pelo
Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), o Sindicato
Nacional dos Aeronautas (SNA) informou a decisão da categoria de
adiar a paralisaçãom para a próxima sexta-feira, dia 21. A ministra
Maria Cristina Peduzzi, vice-presidente do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), responsável por avaliar a liminar foi informada
ainda na sexta-feira, dia 14. A decisaõ foi tomada após receberem
uma aprovação do negociador do SNEA, Odilon Junqueira, para
agendar nova negociação. Por isso, o SNA já anunciou uma nova
assembleia com os trabalhadores para esta terça-feira, dia 18, às
14h, nas sedes ou
representações no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e
Belém.
O SNA e as entidades
cutistas que participam da campanha estão abertos para seguir as
negociações com o SNEA, o que poderá evitar a greve. Estas
informações foram divulgadas via twitter e no site do Sindicato
Nacional dos Aeronautas (SNA) e o Portal
CNTT tem acompanhado diariamente as
atualizações.}
Impasse
Segundo estudo realizado pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os
sindicatos que negociaram reposição salarial em 2012 conquistaram
uma média de 2,2% de ganho real, o que representa reajuste
aproximado de 8,2%. Das 398 entidades que fecharam acordo, 92,2%
conquistaram aumento real. Somente 12 fecharam com o INPC e apenas
três ficaram com o índice abaixo dos 6%.
Os sindicatos
cutistas consideram vergonhosa a insistência das empresas que nem
apresentaram propostas que contemplem a inflação do período, sendo
que a Associação Internacional de Transporte Aéreo
(IATA) anunciou no último
mês que o Brasil é líder mundial em expansão do setor. Apesar
disso, Odilon Junqueira afirma que a reivindicação dos
profissionais responsáveis por esse crescimento é muito “pesada”, e
declara que as empresas afirmam categoricamente que não vão dar
aumento real aos seus qualificados funcionários.
Para o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA),
comandante Gelson Fochesato, o aumento é insuficiente. Segundo ele,
a inflação acumulada é de 5,95%. “Eles ofereceram só 0,05% a mais
que a inflação. É muito aquém do que esperávamos. Estamos pedindo
8,5%", frisou.
O Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) diz que a categoria
também continua em estado de greve. “Aceitamos abaixo do pedido
inicial, com aumento para 10% para quem ganha o piso e 7% para quem
ganha mais de R$ 5 mil. Mas nem isso as companhias tiveram
capacidade de dar. Querem 6,5% para o piso e 3% para os que ganham
mais de R$ 5 mil”, disse Selma Balbino, presidente da
entidade.
Manifestação
Os trabalhadores realizaram na quinta-feira, às 16h, uma
manifestação no Aeroporto de Congonhas com o objetivo de mostrar a
bancada patronal a união entre a categoria. Os manifestantes
chegaram a interditar, por alguns momentos, a Avenida 23 de Maio e
o Túnel Paulo Autran. A manifestação durou pouco mais de uma hora e
os dirigentes foram para a sede do Sindicato fazer uma avaliação do
protesto. O resultado não foi divulgado.
Histórico
Pilotos e comissários avaliam que
as empresas estão desorganizadas para atender a demanda na alta
temporada e que os trabalhadores estão sobrecarregados e no limite
de suas capacidades. O quadro piorou com as demissões em massa
ocorridas no setor aéreo, e os aeronautas vem sofrendo com a
ampliação da fadiga e das doenças ocupacionais, o que afeta a
segurança operacional.
A redução de quatro para três comissários nas aeronaves com até 150
assentos, prejudicando a segurança de voo e o atendimento a
passageiros e tripulantes, é outro fator que contribuiu para a
decisão dos aeronautas pelo indicativo de greve. Apesar dos
inúmeros apelos do Sindicato junto à Anac e às companhias, a medida
que permitiu a redução não foi revertida pela Agência e centenas de
postos de trabalho foram perdidos neste ano.
Na avaliação dos aeronautas, mesmo que a greve seja revertida, há
grande chance de o transporte aéreo passar por um novo caos este
ano, devido à troca constante das escalas de voo, à falta de
tripulantes e à sobrecarga de trabalho, que afeta também os
aeroviários.
Viviane Barbosa,
com a colaboração de Elis Faber
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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