Ao
som da percussão do grupo Batukai , jovens dirigentes da CUT/SP,
dos metalúrgicos, bancários, professores, químicos,
condutores e várias categorias profissionais e representantes
dos movimentos sociais percorreram as ruas do centro paulistano na
tarde de sexta-feira, 10 de agosto, para chamar a atenção da
população sobre o Dia Internacional da Juventude, celebrado
no dia 12.
Na avaliação das lideranças, não há o que comemorar no Estado
de São Paulo diante do sucateamento da educação, do transporte
público e das políticas públicas. “A grande prioridade para a
juventude é um trabalho decente, que atenda às necessidades dos
jovens para que ele se sinta sujeito de direitos. O trabalho tem
que permitir que o jovem continue seus estudos porque não é
possível abrir mão da educação”, afirmou Luciana Chagas, Secretária
de Juventude da CUT/SP.
Segundo a dirigente, o governo estadual não tem feito sua parte,
não tem interesse e não vê a juventude como o futuro, haja vista o
número de jovens que estão entrando na criminalidade. “Estes jovens
nada mais são do que vítimas do sistema no qual vivemos. Não basta
só a polícia chegar, abordar da forma agressiva como vem fazendo e
violentando essa juventude. É preciso que o governo estadual tenha
o olhar de um projeto social, de políticas públicas para que estes
jovens sejam resgatados do mundo do crime”, critica.
Os participantes também ressaltaram que os/as jovens estão entre as
principais vítimas do emprego precário, muitas vezes sem direitos
trabalhistas e enfrentam longas jornadas, como é o caso dos
empregados na rede de fast food McDonald’s.
Respeito
Paloma dos Santos, do Sindlimpeza e coordenadora
de Juventude da CUT na Subsede Baixada Santista, destaca que os
jovens trabalhadores e trabalhadores precisam ser mais respeitados
e que merecem mais oportunidades de emprego. “O jovem está
preparado, mas não tem oportunidade de trabalho, principalmente os
negros, os homossexuais e os jovens deficientes físicos. O jovem
quer emprego e não pensa só em drogas, em baladas, em violência. Os
jovens são trabalhadores, eles fazem política, estudam e só querem
oportunidade de trabalhar”, aponta a dirigente cutista.
Segundo Vitor Hugo Gomes, da União Paulista dos Estudantes
Secundaristas, “estudar e trabalhar já é um grande problema aqui no
estado de São Paulo porque as famílias não tem renda suficiente
para se sustentar e isso obriga a começar a trabalhar cada vez mais
cedo. Eu uso brinco alargador e há preconceito contra isso, o que
prejudica muito o jovem que quer trabalhar”, relata o
estudante.
Renovação da sociedade
Durante o ato do Dia Internacional
da Juventude, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, deixou
claro que a Central tem prioridade na renovação do movimento
sindical cutista. Ele afirmou que é preciso facilitar a entrada do
jovem militante nas estruturas sindicais “para arejar os
debates, trazer formulações diferentes das que existem porque o
papel da juventude é trazer novidade e renovação”
A sociedade está muito preconceituosa e tomando traços muito
conservadoresSobre o papel na sociedade, Freitas avalia que o
Brasil não tem condição e nem espaço para o desenvolvimento da
juventude. “Não há espaço para as questões da educação, da cultura,
do lazer, do esporte. Não há espaços onde a juventude possa exercer
sua criatividade e transformar isso em organização social”.
Freitas também chamou atenção para os perigos do conservadorismo.
Ele afirmou que “o estado brasileiro está envelhecido hoje, está
‘careta’. A sociedade está muito preconceituosa e tomando traços
muito conservadores. Cada vez que se debate temas que não são os
tradicionais, em geral, o que acontece é um repúdio muito grande
pela sociedade”
Outra preocupação apontada pelo dirigente é o afastamento da
política. Segundo o presidente da CUT, “é vendida para a juventude
a ideia de que a atuação individual resolve os problemas. A não
participação em partidos políticos, em sindicatos, é um problema
muito grande para nós porque não conseguimos ver renovação nestas
estruturas. Os partidos e sindicatos são estruturas
coletivas, não são individuais, e têm que ter a participação
da juventude”, ressaltou Freitas.
Com informações da CUT/SP e fotos de Roberto
Parizzoti
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL
Boletim Online