Dia da Juventude: “Não há o que comemorar no Estado de São Paulo”, destaca Luciana Chagas

O evento aconteceu na sexta e foi organizado pela CUT/SP e movimentos sociais.


Publicação: 09/08/2012
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Ao som da percussão do grupo Batukai , jovens dirigentes da CUT/SP, dos metalúrgicos, bancários, professores, químicos, condutores e várias categorias profissionais e representantes dos movimentos sociais percorreram as ruas do centro paulistano na tarde de sexta-feira, 10 de agosto, para chamar a atenção da população sobre  o Dia Internacional da Juventude, celebrado no dia 12.
Na avaliação das lideranças,  não há o que comemorar no Estado de São Paulo diante do sucateamento da educação, do transporte público e das políticas públicas. “A grande prioridade para a juventude é um trabalho decente, que atenda às necessidades dos jovens para que ele se sinta sujeito de direitos. O trabalho tem que permitir que o jovem continue seus estudos porque não é possível abrir mão da educação”, afirmou Luciana Chagas, Secretária de Juventude da CUT/SP.
Segundo a dirigente, o governo estadual não tem feito sua parte, não tem interesse e não vê a juventude como o futuro, haja vista o número de jovens que estão entrando na criminalidade. “Estes jovens nada mais são do que vítimas do sistema no qual vivemos. Não basta só a polícia chegar, abordar da forma agressiva como vem fazendo e violentando essa juventude. É preciso que o governo estadual tenha o olhar de um projeto social, de políticas públicas para que estes jovens sejam resgatados do mundo do crime”, critica.
Os participantes também ressaltaram que os/as jovens estão entre as principais vítimas do emprego precário, muitas vezes sem direitos trabalhistas e enfrentam longas jornadas, como é o caso dos empregados na rede de fast food McDonald’s.

Respeito
Paloma dos Santos, do Sindlimpeza e coordenadora de Juventude da CUT na Subsede Baixada Santista, destaca que os jovens trabalhadores e trabalhadores precisam ser mais respeitados e que merecem mais oportunidades de emprego. “O jovem está preparado, mas não tem oportunidade de trabalho, principalmente os negros, os homossexuais e os jovens deficientes físicos. O jovem quer emprego e não pensa só em drogas, em baladas, em violência. Os jovens são trabalhadores, eles fazem política, estudam e só querem oportunidade de trabalhar”, aponta a dirigente cutista.
Segundo Vitor Hugo Gomes, da União Paulista dos Estudantes Secundaristas, “estudar e trabalhar já é um grande problema aqui no estado de São Paulo porque as famílias não tem renda suficiente para se sustentar e isso obriga a começar a trabalhar cada vez mais cedo. Eu uso brinco alargador e há preconceito contra isso, o que prejudica muito o jovem que quer trabalhar”, relata o estudante.

Renovação da sociedade
Durante o ato do Dia Internacional da Juventude, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, deixou claro que a Central tem prioridade na renovação do movimento sindical cutista. Ele afirmou que é preciso facilitar a entrada do jovem militante nas estruturas sindicais  “para arejar os debates, trazer formulações diferentes das que existem porque o papel da juventude é trazer novidade e renovação”
A sociedade está muito preconceituosa e tomando traços muito conservadoresSobre o papel na sociedade, Freitas avalia que o Brasil não tem condição e nem espaço para o desenvolvimento da juventude. “Não há espaço para as questões da educação, da cultura, do lazer, do esporte. Não há espaços onde a juventude possa exercer sua criatividade e transformar isso em organização social”.
Freitas também chamou atenção para os perigos do conservadorismo. Ele afirmou que “o estado brasileiro está envelhecido hoje, está ‘careta’. A sociedade está muito preconceituosa e tomando traços muito conservadores. Cada vez que se debate temas que não são os tradicionais, em geral, o que acontece é um repúdio muito grande pela sociedade”
Outra preocupação apontada pelo dirigente é o afastamento da política. Segundo o presidente da CUT, “é vendida para a juventude a ideia de que a atuação individual resolve os problemas. A não participação em partidos políticos, em sindicatos, é um problema muito grande para nós porque não conseguimos ver renovação nestas estruturas. Os partidos e sindicatos são estruturas coletivas,  não são individuais, e têm que ter a participação da juventude”, ressaltou Freitas.

Com informações da CUT/SP e fotos de Roberto Parizzoti



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