CNTT-CUT apoia Ato da CUT/SP contra o apagão nos transportes em São Paulo

A manifestação acontecerá na sexta, dia 29, a partir das 11h. A concentração será no MASP.


Publicação: 21/06/2012
Imagem de CNTT-CUT apoia Ato da CUT/SP contra o apagão nos transportes em São Paulo

A CNTT-CUT apoia a mobilização da CUT/SP em defesa da mobilidade urbana e contra o descaso e a falta de investimentos no transporte público em todo o estado de São Paulo. A manifestação acontecerá na sexta-feira, dia 29, às 11h. A concentração será no MASP.
A Central pretende, com essa manifestação chamar a atenção para a quantidade de transtornos que a população tem passado. Os trabalhadores e trabalhadoras, perdem longas horas em ônibus, trens do metrô e da CPTM, e têm sofrido impacto direto tanto pela má qualidade do serviço, quanto pelos custos da tarifa. “A paciência dos trabalhadores e trabalhadoras já se esgotou. Está passando da hora de haver uma reação por parte da população”, afirma Adi dos Santos Lima, presidente da CUT/SP.
De acordo com o dirigente, “não é de hoje que estamos falando do alto preço dos pedágios, da falta de qualidade dos transportes coletivos. Independente de ser ano eleitoral ou não, temos que fazer uma mobilização forte no estado, principalmente na região metropolitana”, ressaltou.
A mobilização terá início no MASP, na Avenida Paulista, e até a  região central paulistana, com a participação das subsedes, federações e sindicatos filiados em todo o estado, além dos movimentos sociais e do apoio da bancada do Partido dos Trabalhadores em São Paulo.


Panes constantes, falta de investimentos e tarifas caras

No metrô já ocorreram 99 panes de 2007 até maio deste ano, e nos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), foram 124 panes de 2010 até maio passado. É este o resultado da falta de investimentos e de prioridade ao transporte público, sem contar os acidentes já ocorridos e a falta de segurança quem mantêm em risco os passageiros e funcionários.
Desde que assumiu o governo estadual em 1995, o PSDB construiu 1,93 km de metrô por ano (eram 43,4 km e somente 30,9 km foram construídos em 16 anos), resultando num aumento da malha ferroviária insuficiente para os mais de 4 milhões de passageiros transportados diariamente.
Só no Metrô, o governo estadual deixou de investir R$ 10,34 bilhões entre 1999 e 2011, de um total de R$ 22,85 bilhões previstos. E quando investe, o governo estadual gasta mal o dinheiro público – o custo do quilômetro construído chega a R$ 400 milhões, enquanto em Madri, na Espanha, o mesmo trecho é construído por US$ 42 milhões (pouco mais de R$ 85 milhões – câmbio de 21/06).
Outro exemplo é a reforma de trens das Linhas 1 – Azul e 3-Vermelha do Metrô, onde os serviços têm custo final equivalente a 86% do valor de um trem novo. A “modernização” tem  custo total de R$ 1,75 bilhão e, após denúncias, o Ministério Público de São Paulo informou que vai abrir inquérito para investigar os contratos.
Na CPTM, o quadro não é muito diferente porque entre 2003 e 2011 o governo estadual deixou de investir R$ 1,1 bilhão de um total de R$ 6,35 bilhões previstos. Os trens estão velhos, as estações abandonadas e a falta de segurança já provocaram três colisões com 54 feridos, além de um descarrilamento e cinco funcionários mortos.
Nos ônibus, o alto valor das tarifas pesa no bolso dos trabalhadores e trabalhadoras, que pagam por um serviço de má qualidade não só na capital, mas em todo o estado. Entre as capitais brasileiras, São Paulo é a que tem a tarifa mais cara, a R$ 3. E nas regiões metropolitanas, os valores são ainda maiores e não existe a integração com os trens do Metrô e da CPTM porque falta vontade política para ampliar a implantação do Bilhete Único.
Vale ressaltar que na capital são 6,5 milhões de passageiros transportados por ônibus (ou 10 milhões de viagens/dia útil com integração). E nas regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista, os ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) transportam em média 2,1 milhões de passageiros diariamente.

Pedágios subiram 168% acima da inflação

Outro grave problema que pesa no bolso dos cidadãos são as centenas de pedágios espalhados por todo o estado que inviabilizam a locomoção pelas estradas. Em 14 anos, cerca de 20 empresas se tornaram concessionárias e assumiram nada menos que 5.315 km de estradas, segundo a Agência de Transporte do Estado (Artesp) e, em menos de duas décadas, o aumento dos pedágios foi de 168% acima da inflação – uma média de R$ 12,76 (a cada 100 Km).
Os valores abusivos prejudicam não só os motoristas de veículos de passeio, mas também tem grande impacto no custo final dos produtos transportados nas rodovias e nas tarifas dos ônibus. Com a privatização do serviço pelo governo estadual do PSDB, houve um salto no número de praças de pedágio: eram 40 em 1997 e, treze anos depois, foi para 227, uma média de criação de um novo posto a cada 40 dias durante o ano de 2010.
Os investimentos nas estradas são bem vindos e necessários, mas os custos não podem sair do bolso dos trabalhadores e trabalhadoras.


Serviço:
Ato da CUT-SP contra o apagão nos transportes e pela mobilidade urbana
Data: 29 de junho
Horário: 11h
Local: Concentração no MASP, na Avenida Paulista


Com informações da CUT-SP



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