O
brasileiro passa cada vez menos tempo no trabalho. Dados do Censo
2010 revelam que o porcentual das pessoas que trabalham mais de 45
horas por semana caiu quase pela metade em uma década. Em 2000, 44%
dos trabalhadores do País passavam mais tempo que isso no serviço,
número que baixou para 28% em 2010. Isso significa que, em números
absolutos, 5 milhões de pessoas deixaram de trabalhar mais de 9
horas por dia.
O número impressiona ainda mais quando se leva em conta que mais de
20 milhões de brasileiros - o equivalente a toda população da
Grande São Paulo - ingressaram no mercado de trabalho nos últimos
dez anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Ao mesmo tempo, cresceu a proporção de pessoas que trabalham menos
de 14 horas por semana - o salto foi de 3% para 8,3% do total da
população economicamente ativa, um ganho de 5 milhões de
trabalhadores. A maior parcela da população tem uma jornada semanal
que varia entre 40 horas e 44 horas.
Jornada de trabalho
A redução da jornada de trabalho nos últimos anos está diretamente
ligada ao aumento real no salário do brasileiro - hoje, se ganha
mais por hora trabalhada que em 2000 - e também à formalização do
mercado de trabalho. A porcentagem de trabalhadores com carteira
assinada pulou de 36% para 44% entre 2000 e 2010 - na contramão, os
funcionários sem carteira de trabalho caíram de 24% para 18%. "A
formalização do trabalho regula a jornada de trabalho e a hora
extra. A empresa ou o empregador vão evitar de pagar hora extra,
portanto, vão reduzir a jornada para o que é oficial", diz Arnaldo
Mazzei Nogueira, professor doutor da FEA-USP e PUC-SP.
No Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal, os
trabalhadores com carteira assinada já são maioria da população.
Mas em alguns Estados ainda existeum baixo contingente de
profissionais com carteira de trabalho. Um exemplo é o Maranhão,
onde apenas 20,8% são registrados. "Ainda há um grande contingente
de trabalhadores sem regulação e que pode estar trabalhando
jornadas insuportáveis", lembra Nogueira.
Mulheres
no mercado de trabalho
Para as mulheres, o mercado de trabalho na última década também
colaborou para reduzir a jornada. A diferença da participação entre
homens e mulheres em postos de trabalho caiu de 20 pontos
porcentuais para apenas seis em dez anos. "As mulheres costumam
trabalhar menos horas do que os homens e a inclusão delas deve ter
reduzido a média de horas semanais", afirmou Regina Madalozzo,
professora do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).
No Piauí, Paraíba e Ceará, a mão de obra feminina já supera a
masculina. Os outros Estados do Nordeste também lideram a
porcentagem de mulheres no mercado. "Isso ocorreu por causa da
melhora econômica da região, urbanização e expansão dos serviços e
comércio", analisa Nogueira. O professor lembra que essa redução da
diferença entre gêneros não reflete uma igualdade salarial.
Levantamento de maio do ano passado, também do IBGE, mostrou que o
salário médio da mulher é 20% menor que o do
homem.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL
Boletim Online