A ministra do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello,
apresentou, na quarta, 25, o plano "Brasil sem Miséria” a
representantes das seis centrais sindicais e de sindicatos de
aposentados. Ela deixou claro que o plano é uma obra que está sendo
construída com contribuições do movimento sindical e social e que,
mesmo após o lançamento, no dia 2 de junho, vai continuar recebendo
sugestões e sendo aprimorado.
“É muito importante receber contribuições do movimento sindical
para que essa ação extraordinária, que é erradicar a extrema
pobreza do país em quatro anos, possa ser alcançada”.
A ministra fez um breve resumo das políticas públicas e decisões de
governo que, nos últimos oito anos contribuíram decisivamente para
tirar brasileiros da linha da pobreza e afirmou que, mesmo assim,
ainda temos 16,2 milhões de pessoas vivendo em situação de extrema
pobreza.
“Crescimento econômico gerou mais emprego e renda e decisões
políticas como a valorização do salário mínimo, a ampliação e a
consolidação dos programas de transferência de renda e a expansão
do crédito tiraram milhares de pessoas da linha de pobreza. Nossa
meta agora é acabar com a extrema pobreza”.
Segundo a ministra, o governo decidiu que a renda mensal que define
a linha da extrema miséria é de até R$ 70 por pessoa da família.
Esse valor é superior a linha adotada nos Objetivos do
Milênio/PNUD, que é de US$ 1,25.
O público alvo do plano é formado por 16,2 milhões de pessoas.
Deste total, 59% vivem no nordeste e 17% no norte do país. A
maioria vive na área rural (52% e 56%, respectivamente).
Os sindicalistas elogiaram o plano, especialmente porque o programa
foca a extrema pobreza, mas não deixa de lado questões relacionadas
à emancipação futura e saúde, entre outras.
“Combater a miséria não é só combater a fome, tem também outras
questões importantes como saneamento básico e isto está muito bem
colocado no plano”, disse Quintino Severo, secretário-geral da
CUT.
Segundo Quintino, o movimento sindical deve se mobilizar e se
organizar para dar suporte ao programa, como a CUT fez durante a
implementação do Fome Zero. “Para a CUT, é preciso que o plano não
fique apenas na assistência, mas contribua para a emancipação das
pessoas. Além disso, é fundamental, para o sucesso do plano, que o
movimento sindical ajude com fiscalização e controle para o
programa chegar até as pessoas que realmente precisam”.
A secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti levantou
questões que a ministra Tereza Campello considerou muito
importantes, como por exemplo, a articulação do plano com as demais
políticas de governo e itens relacionados à agricultura
familiar.
“O direito e o acesso à terra são fundamentais para um programa
como esse dar certo. Isso sem contar o acesso aos serviços públicos
para quem vive no campo, nas regiões ribeirinhas”.
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República,
Gilberto Carvalho, destacou o diálogo com o movimento sindical e
afirmou que é muito importante para o governo ouvir os
representantes dos trabalhadores.
Gilberto Carvalho citou as várias reuniões já realizadas para
discutir temas de interesse dos trabalhadores e do governo, lembrou
que além do debate sobre o plano de combate à miséria, hoje ainda
tem um encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para
discutir a desoneração da folha; e que, amanhã, às 10h00, haverá
mais um encontro com sindicalistas, desta vez no Ministério da
Previdência Social, para iniciar o debate sobre valorização dos
aposentados.
“O desejo da presidenta Dilma (Rousseff) de realizar um governo
democrático, forte e participativo vai se realizando”.
Com informações da CUT nacional
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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