Medidas de combate à crise salvaram 11 milhões de empregos no mundo, diz OIT

"A recuperação da crise sem empregos não será socialmente ou politicamente sustentável”, disse Juan Somavia.


Publicação: 01/04/2011
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As medidas sobre emprego e proteção social adotadas pelos governos do G20 desde que começou a crise econômica criaram ou salvaram entre sete e 11 milhões de empregos, disse o Diretor-Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia em uma comunicação que será apresentada na Cúpula deste Grupo em Pittsburgh entre 24 e 25 de setembro.
A OIT prevê, ainda que se essas ações não forem contínuas, o mundo poderá sofrer com um grande número de desemprego nos próximos anos.“O desemprego é massivo como consequência da crise. Se as medidas especiais tomadas perdem força ou são suspensas demasiadamente rápido, a crise do emprego poderia piorar ainda mais”, explica Somavia.
“As pessoas no mundo, em particular os mais vulneráveis e em situação de desvantagem, não perceberão que a crise está diminuindo até que não tenham um trabalho decente ou um piso mínimo de proteção social. Uma recuperação sem emprego não será socialmente ou politicamente sustentável”, disse Juan Somavia, que assistirá à reunião de cúpula.
O Diretor-Geral da OIT disse ainda que “a Cúpula do G20 em Pittsburgh oferece a oportunidade de um compromisso contínuo e da maior relevância para apoiar as medidas orientadas ao emprego e à proteção social até um momento em que a demanda privada possa sustentar tanto a recuperação econômica como emprego”, disse Juan Somavia

Estudo
A cúpula anterior do G20, realizada em Londres em abril de 2009, fez um apelo à OIT  “para que conjuntamente com outras organizações competentes avalie as medidas implementadas e as que sejam necessárias para o futuro” para enfrentar o impacto da crise econômica sobre os mercados laborais.
No relatório “Proteger as pessoas e promover o emprego: um estudo das respostas dos países diante da crise econômica mundial na esfera das políticas de emprego e de proteção social”, a OIT examinou as ações empreendidas entre meados de 2008 e julho de 2009 em 54 países, abarcando todos os níveis de renda e regiões, e associando 32 medidas específicas agrupadas em quatro áreas.
De acordo como estudo, os empregos salvos ou criados como resultado das medidas tomadas pelos países do G20 equivalem a entre 29% e 43% do aumento no desemprego na primeira metade de 2009, o que significa que sem estas medidas o desemprego teria aumentado em uma proporção similar nestes países.
O estudo da OIT concluiu que as medidas tomadas com maior frequência incluem: gastos adicionais em infraestrutura, subsídios e redução dos impostos para pequenas empresas; créditos para as pequenas empresas; programas de formação e instalações; consultas com as organizações de empregadores e de trabalhadores; e proteção social através de transferências monetárias. Estas medidas são similares a opções de políticas incluídas no Pacto Mundial para o Emprego.
Embora as primeiras respostas estivessem orientadas a evitar uma diminuição brusca do emprego e a mitigar o impacto sobre os mais vulneráveis, o relatório da OIT concluiu que os países buscavam cada vez mais preparar-se para a recuperação, investindo em novas infraestruturas e preparando a força de trabalho para mudanças estruturais como as geradas pela adaptação à redução das emissões de carbono.

45 milhões no mercado de trabalho
O relatório da OIT assinala que os países com menor renda necessitarão apoio adicional para fortalecer suas respostas orientadas ao emprego e à proteção social para enfrentar a crise. Cada ano, cerca de 45 milhões de mulheres e homens jovens entram no mercado de trabalho mundial gerando pressões adicionais nos mercados laborais já afetadas por altas cifras de desempregados, pessoas desmotivadas pela busca de emprego e aqueles que trabalham em tempo parcial involuntariamente. Em seu conjunto retratam um desafio de emprego de grandes dimensões, na atualidade e no futuro imediato. Forte crescimento econômico e alta capacidade de crescimento do emprego são igualmente indispensáveis. “ Estabilizar os mercados financeiros e aumentar a taxa de crescimento da produção, ainda que seja de grande importância, não é suficiente”, e vai além,“ (Os mercados) devem colocar-se a serviço da economia real, restituir o fluxo de crédito para as empresas e em particular as pequenas e para a produção de combustíveis e empregos”, disse Juan Somavia.
Somavia explicou ainda que todos os países, com o apoio das organizações internacionais pertinentes, podem participar em um esforço político convergente em torno do emprego e da proteção social, tudo isso para “garantir a extensa prosperidade a partir de um sólido crescimento econômico e assentar as bases para uma globalização justa e sustentável”.O Diretor da OIT explica ainda que esse esforço é um investimento  a longo prazo para os países.“Isto exigirá a construção de vínculos muito mais fortes entre investimento, crescimento e produtividade, por um lado, e políticas para o emprego, mercado laboral e sociais por outro, que são as bases para um crescimento futuro sustentável e equilibrado”, finaliza Somavia.

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