As medidas sobre emprego e proteção social
adotadas pelos governos do G20 desde que começou a crise econômica
criaram ou salvaram entre sete e 11 milhões de empregos, disse
o Diretor-Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
Juan Somavia em uma comunicação que será apresentada na Cúpula
deste Grupo em Pittsburgh entre 24 e 25 de setembro.
A OIT prevê, ainda que se essas ações não forem contínuas, o mundo
poderá sofrer com um grande número de desemprego nos próximos
anos.“O desemprego é massivo como consequência da crise. Se as
medidas especiais tomadas perdem força ou são suspensas
demasiadamente rápido, a crise do emprego poderia piorar ainda
mais”, explica Somavia.
“As pessoas no mundo, em particular os mais vulneráveis e em
situação de desvantagem, não perceberão que a crise está diminuindo
até que não tenham um trabalho decente ou um piso mínimo de
proteção social. Uma recuperação sem emprego não será socialmente
ou politicamente sustentável”, disse Juan Somavia, que assistirá à
reunião de cúpula.
O Diretor-Geral da OIT disse ainda que “a Cúpula do G20 em
Pittsburgh oferece a oportunidade de um compromisso contínuo e da
maior relevância para apoiar as medidas orientadas ao emprego e à
proteção social até um momento em que a demanda privada possa
sustentar tanto a recuperação econômica como emprego”, disse Juan
Somavia
Estudo
A cúpula anterior do G20, realizada em
Londres em abril de 2009, fez um apelo à OIT “para que
conjuntamente com outras organizações competentes avalie as medidas
implementadas e as que sejam necessárias para o futuro” para
enfrentar o impacto da crise econômica sobre os mercados
laborais.
No relatório “Proteger as pessoas e promover o emprego: um estudo
das respostas dos países diante da crise econômica mundial na
esfera das políticas de emprego e de proteção social”, a OIT
examinou as ações empreendidas entre meados de 2008 e julho de 2009
em 54 países, abarcando todos os níveis de renda e regiões, e
associando 32 medidas específicas agrupadas em quatro áreas.
De acordo como estudo, os empregos salvos ou criados como resultado
das medidas tomadas pelos países do G20 equivalem a entre 29% e 43%
do aumento no desemprego na primeira metade de 2009, o que
significa que sem estas medidas o desemprego teria aumentado em uma
proporção similar nestes países.
O estudo da OIT concluiu que as medidas tomadas com maior
frequência incluem: gastos adicionais em infraestrutura, subsídios
e redução dos impostos para pequenas empresas; créditos para as
pequenas empresas; programas de formação e instalações; consultas
com as organizações de empregadores e de trabalhadores; e proteção
social através de transferências monetárias. Estas medidas são
similares a opções de políticas incluídas no Pacto Mundial para o
Emprego.
Embora as primeiras respostas estivessem orientadas a evitar uma
diminuição brusca do emprego e a mitigar o impacto sobre os mais
vulneráveis, o relatório da OIT concluiu que os países buscavam
cada vez mais preparar-se para a recuperação, investindo em novas
infraestruturas e preparando a força de trabalho para mudanças
estruturais como as geradas pela adaptação à redução das emissões
de carbono.
45 milhões
no mercado de trabalho
O relatório da OIT assinala que os países
com menor renda necessitarão apoio adicional para fortalecer suas
respostas orientadas ao emprego e à proteção social para enfrentar
a crise. Cada ano, cerca de 45 milhões de mulheres e homens jovens
entram no mercado de trabalho mundial gerando pressões adicionais
nos mercados laborais já afetadas por altas cifras de
desempregados, pessoas desmotivadas pela busca de emprego e aqueles
que trabalham em tempo parcial involuntariamente. Em seu conjunto
retratam um desafio de emprego de grandes dimensões, na atualidade
e no futuro imediato. Forte crescimento econômico e alta capacidade
de crescimento do emprego são igualmente indispensáveis. “
Estabilizar os mercados financeiros e aumentar a taxa de
crescimento da produção, ainda que seja de grande importância, não
é suficiente”, e vai além,“ (Os mercados) devem colocar-se a
serviço da economia real, restituir o fluxo de crédito para as
empresas e em particular as pequenas e para a produção de
combustíveis e empregos”, disse Juan Somavia.
Somavia explicou ainda que todos os países, com o apoio das
organizações internacionais pertinentes, podem participar em um
esforço político convergente em torno do emprego e da proteção
social, tudo isso para “garantir a extensa prosperidade a partir de
um sólido crescimento econômico e assentar as bases para uma
globalização justa e sustentável”.O Diretor da OIT explica ainda
que esse esforço é um investimento a longo prazo para os
países.“Isto exigirá a construção de vínculos muito mais fortes
entre investimento, crescimento e produtividade, por um lado, e
políticas para o emprego, mercado laboral e sociais por outro, que
são as bases para um crescimento futuro sustentável e equilibrado”,
finaliza Somavia.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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