A reunião entre representantes do governo federal
e as centrais sindicais marcada para esta quarta-feira, dia 2, foi
adiada para esta sexta-feira, dia 4, e acontecerá em São Paulo. O
anúncio foi confirmado em nota oficial da Secretaria Geral da
Presidência. Os motivos envolvem a disposição do ministro da
Fazenda, Guido Mantega, de participar da reunião. Acredita-se ainda
que haja conversas internas no governo para definir detalhes de uma
eventual proposta.Na pauta do encontro estão o reajuste do salário
mínimo e a correção da tabela de imposto de renda. Outros tópicos,
como o aumento dos aposentados que ganham mais do que o piso e a
formalização, em lei, da política de valorização do mínimo devem
ser trazidos à pauta pelos sindicalistas.
ABC
Na
manhã de terça, no início do expediente dos trabalhadores da
VW, dirigentes da CUT e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
realizaram um ato em defesa da correção da tabela do imposto de
renda e pela valorização do salário mínimo. “Governo novo, lutas
novas”, disse o presidente da CUT, Artur Henrique. “Uma coisa foi a
disputa eleitoral, outra é a disputa por mais avanços e conquistas
dos trabalhadores”.
O tema da correção da tabela do imposto de renda ganhou relevo. As
centrais defendem que a tabela seja corrigida em 6,47%, inclusive
para efeito da participação nos lucros e resultados (PLR), que
também é tributada pelo IR. “Tivemos campanhas salariais brilhantes
em 2010, a imensa maioria delas com aumentos acima da inflação. Se
a tabela do imposto de renda não for corrigida, boa parte desses
ganhos pode ser jogada na boca do leão da receita”, disse o
secretário de Administração e Finanças da Central, Vagner Freitas,
diante da assembleia reunida no pátio da VW.
Segundo a CUT Nacional, outras assembleias com o mesmo objetivo
foram realizadas na manhã de terça por outras categorias, em
diferentes partes do país. Em São Paulo, por exemplo, os bancários
reuniram-se em diversos locais de trabalho para defender as duas
reivindicações. O mote usado pela categoria foi “Morda o Leão Antes
que Ele te Morda”.“Estamos aqui para mostrar que nossa base está
dando sustentação aos dirigentes que vão negociar com o governo
federal”, destacou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC, Sérgio Nobre. Amanhã, dia 2, a CUT e as centrais se reúnem com
representantes do governo Dilma para debater tanto a correção da
tabela quanto o aumento real para o salário mínimo (o governo
defende R$ 545, enquanto as centrais cobram R$ 580). “Queremos que
o salário mínimo seja tratado em 2011 com excepcionalidade, da
mesma forma com que os setores empresariais o foram durante a
crise, recebendo isenção tributária e grandes linhas de
financiamento subsidiadas com dinheiro público”, disse Artur.
Viviane Barbosa com informações da CUT.
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