Os trabalhadores aeroviários de todo o País
estão em estado de 'não colaboração' desde a última quinta-feira,
dia 2. A decisão foi aprovada na última quarta-feira, dia 1º de
dezembro, em assembleias da campanha salarial realizadas pelos
quatro sindicatos do setor aéreo filiados à Fentac-CUT nos
principais aeroportos do Brasil. Segundo a Fentac, a operação não
colaboração consiste em os funcionários realizarem apenas
a operação padrão, o
trabalhador cumpre apenas o que está estipulado nas suas
atividades, sem fazer hora extra ou qualquer tipo de desdobramento
para atender a demanda.
A categoria protesta contra a posição
intransigente das companhias aéreas que se recusam negociar as
reivindicações econômicas da campanha salarial. A bancada patronal
das empresas, representada pelo Sindicato Nacional das Empresas
Aeroviárias (SNEA), só ofereceram a reposição integral da inflação
(o INPC acumulado nos últimos 12 meses é de 5,39%) e propuseram a
alteração da data-base da categoria de 1° de dezembro para 1º de
abril. Os trabalhadores reprovaram ambas as propostas do SNEA e
lutam por aumento salarial de 15% e reajuste de 30% sobre os pisos,
como forma de recuperar o poder aquisitivo perdido a partir da
década de 90. A pauta de reivindicações foi entregue pelos
sindicatos dos trabalhadores desde setembro. Estas reivindicações
econômicas também faz parte da campanha dos
Aeronautas.
Segunda a direção da Fentac-CUT, as
propostas das companhias representam um desrespeito ao esforço e
compromisso dos aeronautas e aeroviários, que ao longo dos últimos
anos estiveram ao lado das empresas no enfrentamento e na superação
de diversas crises, contribuindo para o crescimento e lucro das
companhias, que hoje vivem um crescimento espetacular em sua
demanda.
Aeronautas
Os trabalhadores aeronautas ainda não entraram em estado de não
colaboração porque aguardam os resultados de uma nova reunião com o
SNEA, que será realizada na próxima quarta-feira, dia
8.
Os sindicatos dos trabalhadores continuam
abertos à negociação com as companhias aéreas e querem debater além
do aumento real dos salários, a contratação de profissionais para
reduzir a sobrecarga de trabalho e para evitar o caos no
setor aéreo.
Com informações da Fentac.
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