Com o
aumento do número de políticas afirmativas, como a criação de cotas
para afrodescendentes nas universidades públicas e o Estatuto da
Igualdade Racial, a população negra e jovem tem uma nova
perspectiva de futuro. Diferentemente de seus pais, eles agora
ingressam no ensino superior e pretendem seguir estudando.
A estudante da Universidade de Brasília (UnB), Deuzilene de
Oliveira Barros, 21 anos, passou no vestibular de 2007 para o curso
de artes cênicas por meio das cotas. Desde 2004, UnB reserva 20% de
suas vagas para afrodescendentes. “Fui a primeira da minha família
a passar numa universidade pública. Meu pai tem 57 anos, é
motorista de ônibus e ainda não se aposentou. Minha mãe não
trabalha, fica em casa para cuidar dos filhos, ela não terminou o
ensino médio”.
Ela afirma que depois de se formar, pretende entrar no mestrado. “A
minha perspectiva é essa. Eu estava planejando isso. Estão falando
de cotas para o mestrado, isso é bom, pois a gente saí desse ciclo
da graduação, de repercutir o pensamento dos outros, e passa a
produzir o conhecimento em si”.
Para Deuzilene, que mora na Ceilândia, cidade satélite de Brasília,
a sociedade ainda é muito preconceituosa. “Minha vida como mulher
negra é diferente porque eu cresci no século 21 e é outro esquema.
A minha mãe sofreu bastante como mulher negra. Como todas as outras
pessoas, sofri preconceito na escola e sofro até hoje. Isso me
cansa e é uma coisa que me chateia muito, esses olhares
transviados, esses olhares distintos para cima de mim como se eu
fosse a exótica do lugar”.
A maranhense Amanda Ribeiro Guimarães, 25 anos, é formada em
química industrial e trabalha como modelo. “Eu passei na
Universidade Federal do Maranhão em 2004, na época que eu passei no
vestibular não tinha sistema de cotas. De 28 alunos, eu era a única
negra. Tenho um irmão já formado em administração. Meu pai é
matemático se formou também na Federal e a minha mãe só tem até o
ensino médio e é escriturária”.
Hoje, Amanda mora em São Paulo, mas trabalhou como modelo em
Curitiba. “Tive um destaque muito bom, todas as coisas que eu
poderia fazer lá, eu fiz. Dei uma parada [nos estudos] de dois
anos. Mesmo assim, pretendo fazer meu mestrado, de preferência em
outro país”.
Segundo ela, a situação começou a mudar quando as pessoas começaram
a discutir a questão do negro na sociedade. “Começaram a sair da
discussão e colocaram em prática. Está tendo uma reviravolta muito
grande no país. Daqui a dez anos vamos ver mais mudança e tomara
que essa questão do negro continue crescendo”.
Com informações da Agência Brasil.
Transportando CNTT-CUT
Secretário Nacional de Comunicação: Célio Barros
Assessoria de Comunicação: Mídia Consulte
Redação: imprensa@cntt-cut.org.br
- transportando@cntt-cut.org.br
Siga-nos:www.twitter.com/cnttcut
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL
Boletim Online