A CUT
Nacional promove nesta terça-feira, dia 13 de agosto, uma vigília
no Congresso Nacional para pressionar os parlamentares a votarem
contra o Projeto de Lei (PL) 4330/2004. Milhares de cutistas chegarão à capital
federal na véspera da data prevista para a votação do texto. O PL
que precariza ainda mais as condições dos trabalhadores
terceirizados, deve ser colocado em pauta na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) na quarta-feira, dia
14. (foto: ato do dia 11 de julho, na Avenida
Paulista, em SP - crédito: Mídia Consulte)
De autoria do deputado federal
Sandro Mabel (PMDB-GO), o projeto já recebeu aval do relator do
texto na CCJC, o também deputado Arthur Maia (PMDB-BA).
Representantes dos empresários, do Congresso
e do governo federal, discutem a questão em uma mesa de
negociação criada no início de julho por pressão da
CUT.
No último dia
5, os trabalhadores cobraram um tempo maior para debater o texto,
mas os demais integrantes da mesa fecharam posição de votar a
projeto no dia 14, após aquela que deve ser a última rodada de
negociação, marcada para a próxima segunda-feira, dia
12.
Diante dessa posição, os
trabalhadores acamparão na frente do Congresso no dia 13, onde
passarão a noite para protestar e cobrar que os parlamentares se
posicionem contra o PL.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas,
além de pressionar pela continuidade do debate na mesa, as centrais
sindicais devem engrossar a mobilização para mostrar aos
parlamentares que serão cobrados, caso votem pela precarização. “A
CUT permanecerá na mesa de negociação para tentar construir um
acordo capaz de regulamentar a terceirização, de forma que não seja
sinônimo de precarização, rabaixamento de direitos, de salários e
enfraquecimento da representação sindical. Mas também faremos o
enfrentamento colocando nossos militantes em Brasília para impedir
que um relatório com uma série de ataques aos trabalhadores seja
votado e aprovado”, disse.
Terceirização
geral
Para a
Central, o principal problema é o fato de o projeto não traçar
limites e admitir a terceirização em quaisquer atividades.
Inclusive, admitindo a quarteirização, situação em que a
terceirizada contrata outra empresa para exercer o trabalho para o
qual foi contratada.
O secretário-geral da CUT,
Sérgio Nobre, critica o desejo de empresários, parlamentares e
governo em encerrar a conversa numa situação em que muitos pontos
ainda estão em aberto e cobra que os parlamentares, caso não exista
consenso, cumpram a função para a qual foram eleitos.
“Da maneira como está, o
projeto traz a desorganização sindical, a redução de salário dos
trabalhadores, a retirada de conquistas sociais e isso não
aceitamos. Vamos apostar sempre na negociação, por isso
continuaremos o debate na próxima segunda, mas temos que aprofundar
a mobilização dos nossos ramos e estaduais para que lembrem aos
deputados que foram eleitos para representar o povo brasileiro. Se
forem coerentes, vão atender a voz dos manifestantes, até porque
ainda há espaço para negociação”, defendeu.
A secretária de Relações do
Trabalho da CUT, Maria das Graças Costa, citou que a mesa
quadripartite é uma conquista, mas também criticou a forma
acelerada como discutiu o PL. “Não podemos esquecer que, se não
fosse nossa luta para definir esse espaço de negociação, o texto já
teria sido votado em julho, conforme estava inicialmente agendado.
Por outro lado, mesmo com o Gilberto Carvalho (ministro da
Secretaria-Geral da Presidência da República) dizendo nas primeiras
reuniões que deveríamos ter o tempo necessário para acordar uma
proposta, os trabalhadores estiveram com a faca no pescoço de todos
os lados durante todo o período”, criticou.
Realidade dos
terceirizados
De acordo
com um estudo de 2011 da CUT e do Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o trabalhador
terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de
três horas a mais semanalmente e ganha 27% a menos. A cada 10
acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados.
Estima-se que o Brasil tenha
cerca de 10 milhões de terceirizados, o equivalente a 25% dos
trabalhadores com carteira assinada no País.
Com informações do CUT Nacional
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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