SINA e Infraero continuam negociação da Campanha Salarial no TST

Na audiência de conciliação, ocorrida na quarta, foram debatidos o Plano Médico e acordo salarial por dois anos.

Publicação: 07/08/2013

A negociação da Campanha Salarial entre o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA) e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) continua nesta quinta-feira, dia 8 de agosto, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
Na audiência de conciliação realizada na quarta-feira, dia 6 de agosto, o vice-presidente do Tribunal TST, ministro Antônio José Barros Levenhagem, intermediou o debate das cláusulas sociais e econômicas.
(foto: audiência no TST em Brasília- crédito: SINA)
O ministro falou sobre o Plano de Assistência Médica da Infraero/PAMI. Após ouvir atentamente as ponderações do SINA e Infraero, sugeriu a permanência do plano de saúde na proposta de Acordo Coletivo de Trabalho em sua integralidade, o que foi aceito por parte da empresa.
Levenhagem também propôs a criação de uma comissão paritária (formada por três membros do Sindicato e de três representantes da empresa) para elaborarem estudos com vistas ao aprimoramento dos planos médico e odontológico, no prazo de seis meses, com possibilidade de prorrogação por mais três meses.
Segundo o presidente do SINA, Francisco Lemos, a formação desta Comissão não significa que haverá mudanças nos planos de saúde e odontológico. “Faremos parte desta Comissão Paritária e, com poder deliberativo, não aceitaremos qualquer tipo de redução de cobertura dos planos ou uma despesa maior da parte de nós, trabalhadores/as”, afirma.

Acordo de dois anos
Sobre a proposta de reajuste salarial, o vice-presidente do TST fez uma proposta de acordo com validade de dois anos. Segundo a proposta, os salários seriam corrigidos pela inflação até maio, de forma retroativa e imediata. Em maio de 2014, os salários teriam novamente a correção da inflação pelo IPCA.
Em janeiro de 2014, a Infraero concederia aos funcionários um aumento real de 3%, e, em janeiro de 2015, outro aumento real de 3%. Já benefícios como auxílio-creche, alimentação e combustível seriam reajustados pelo IPCA.
Na audiência de quinta-feira, SINA e Infraero voltarão a debater
a implantação de um cronograma de revisão salarial de cargos que compõem o PCCS em avaliação e propostas de aumento real e abono em ticket alimentação.

Avaliação
O presidente do SINA, Francisco Lemos, a negociação no TST está no caminho certo. “Vale destacar que tanto o ministro como a empresa estão valorizando a nossa proposta de Acordo Coletivo válida para dois anos por que os impactos financeiros estarão sendo amortizados e diluídos em um período maior de exercício administrativo e financeiro”, destaca.
Lemos informa que se a empresa fechar o Acordo somente por um ano esse impacto se tornaria totalmente inviável. “Dentro do cenário das concessões já realizadas, a partir do ano que vem a Infraero começará a resgatar uma pequena parte do investimento pesado que a empresa é obrigada a realizar dentro do período atual”, ressalta.

Greve vitoriosa e assembleias
A greve da categoria aeroportuária está no oitavo dia e atinge 63 aeroportos administrados. “Mesmo com as restrições da liminar do TST, a nossa paralisação é vitoriosa”, destaca Lemos.
O diretor executivo do SINA em Brasília, Francisco Hélio de Barros, ressaltou que este movimento é um dos melhores e maiores que os aeroportuários já fizeram em Brasília. "Temos tudo para construir um bom acordo coletivo. Depende agora do governo, da Infraero e do TST agirem com responsabilidade e respeito aos servidores", disse.
As propostas debatidas no TST serão submetidas à apreciação da categoria aeroportuária nas assembleias que acontecerão na sexta-feira, dia 9 de agosto, nos aeroportos de todo o País. “Nós alertaremos e debateremos com os trabalhadores/as todos os riscos e possibilidades. A decisão e vontada da nossa categoria é soberana”, concluiu Lemos.

Viviane Barbosa, editora do Portal da CNTT/CUT com informações do SINA

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