O Paraná assinará nesta quinta-feira, dia
26, um termo de adesão com o governo federal para a implementação
do programa “Mulher, Viver sem Violência”, coordenado pela
Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da
República (SPM-PR). O ato será realizado pela ministra
Eleonora Menicucci, da SPM; pelo governador do Estado do Paraná,
Carlos Alberto Richa; pelo prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet;
pelo procurador-geral do Ministério Público do Estado do Paraná,
Gilberto Giacoia; pelo presidente do Tribunal de Justiça, Clayton
Coutinho de Camargo; e pela defensora pública-geral do Estado,
Josiane Fruet Bettini Lupion.
A solenidade terá a presença das secretárias nacionais de
Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves,
e de Articulação Institucional, Vera Soares – ambas da SPM. Dentre
as autoridades locais, estarão presentes: a desembargadora Denise
Kruger Pereira, titular da Coordenadoria Estadual da Mulher em
Situação de Violência Doméstica e Familiar; a secretaria de Estado
de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes;
a secretária municipal da Mulher de Curitiba, Roseli Isidoro; e
Cesar Eduardo Ziliotto, representante da Itaipu Binacional.
No ato, 13 municípios paranaenses farão a adesão ao Pacto
Nacional de Enfrentamento à Violência contras as Mulheres, com o
governo federal, os governos estaduais, os tribunais de justiça, os
ministérios públicos e as defensorias públicas. São as localidades:
Apucarana, Araucária, Cascavel, Curitiba, Fazenda Rio Grande,
Guarapuava, Irati, Londrina, Maringá, Piraquara, Telemaco Borba,
Toledo e União da Vitória.
O pacto nacional tem cinco eixos estratégicos: garantia da
aplicabilidade da Lei Maria da Penha; ampliação e fortalecimento da
rede de serviços para mulheres em situação de violência; garantia
da segurança cidadã e acesso à justiça; garantia dos direitos
sexuais e reprodutivos, enfrentamento à exploração sexual e ao
tráfico de mulheres; e garantia da autonomia das mulheres em
situação de violência e ampliação de direitos.
Em 2012, o Paraná foi o terceiro estado em assassinato de mulheres
no país, e Curitiba, a quarta entre as capitais. Onze municípios
paranaenses estão entre as 100 localidades com índices elevados de
assassinatos – todos os dados compõem o Mapa da Violência contra a
Mulher naquele ano.
O Paraná foi o 16º estado que mais procurou a Central de
Atendimento à Mulher – Ligue 180, da SPM, com 26.444 atendimentos
realizados em 2012. Curitiba foi a nona capital, com 6.366
registros. Quase 65% dos municípios paranaenses fizeram contato com
o Ligue 180 – 255 das 399 localidades.
Atualmente, o Estado possui 37 serviços especializados: 13
delegacias, nove centros de referência, seis núcleos de
atendimento, cinco casas-abrigo, três varas e um juizado.
Integração de serviços públicos
Um dos pontos altos do programa é a Casa da Mulher Brasileira, que
terá os seguintes serviços: delegacias especializadas de
atendimento à mulher (DEAM), juizados e varas, defensorias,
promotorias, equipe psicossocial (psicólogas, assistentes sociais,
sociólogas e educadoras, para identificar perspectivas de vida da
mulher e prestar acompanhamento permanente) e equipe para
orientação ao emprego e renda. A estrutura física terá
brinquedoteca e espaço de convivência para crianças, além de contar
com serviço de abrigamento provisório e da central de transportes,
por meio do Ligue 180.
O programa visa integrar serviços públicos e proporcionar o
atendimento integral às vítimas da violência de gênero. Na ocasião,
será constituído grupo executivo para a implementação do “Mulher,
Viver sem Violência” com todas as instituições que subscrevem o
documento de adesão.
Acolhimento humanizado
Serviços públicos de segurança, justiça, saúde, assistência social,
acolhimento, abrigamento e orientação para trabalho, emprego e
renda passarão a ser integrados por meio do programa “Mulher, Viver
sem Violência”. Em dois anos, serão investidos R$ 265 milhões,
sendo R$ 137,8 milhões, em 2013, e R$ 127,2 milhões, em 2014. O
montante do programa corresponde ao aumento de 20% em relação aos
valores repassados pelo governo federal a estados e municípios, no
período de 2003 a 2012, R$ 219,8 milhões por meio de pacto
federativo.
O total será aplicado da seguinte forma: R$ 115,7 milhões na
construção dos prédios e nos custos de equipagem e manutenção, R$
25 milhões na ampliação da Central de Atendimento à Mulher- Ligue
180, R$ 13,1 milhões na humanização da atenção da saúde pública, R$
6,9 milhões na humanização da perícia para aperfeiçoamento da
coleta de provas de crimes sexuais e R$ 4,3 milhões em serviços de
fronteira. A prevenção é uma das prioridades do programa
“Mulher, Viver sem Violência”, contando com cinco campanhas
educativas de conscientização com aporte de R$ 100 milhões.
Casa da Mulher Brasileira
De modo inédito, a Casa da Mulher Brasileira terá os seguintes
serviços: delegacias especializadas de atendimento à mulher (DEAM),
juizados e varas, defensorias, promotorias, equipe psicossocial
(psicólogas, assistentes sociais, sociólogas e educadoras, para
identificar perspectivas de vida da mulher e prestar acompanhamento
permanente) e equipe para orientação ao emprego e renda. A
estrutura física terá brinquedoteca e espaço de convivência para
crianças, além de contar com serviço de Abrigamento provisório e da
central de transportes.
Transformação para Disque 180
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, da SPM, passará a
ser um disque-denúncia com acionamento imediato das polícias
militares de todo o país, como já ocorre com situações de tráfico
de mulheres, com ativação de urgência para a Polícia Federal, e de
cárcere privado, para o Ministério Público. Será a porta de entrada
para a Casa da Mulher Brasileira.
Em atendimentos classificados como urgentes, o Ligue 180 fará
encaminhamento direto para o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu), pelo 192, ou da Polícia Militar, pelo 190. O Ligue
180 terá o aporte de R$ 25 milhões para aumento da capacidade
técnica para triagem e distribuição das demandas. Esse serviço se
tornará
Até o final de 2014, o Ligue 180 chegará a mais dez países.
Atualmente, atende brasileiras na Espanha, Itália e Portugal. No
Brasil, o serviço está disponível em telefones públicos, entre os
botões de emergência, chamadas convencionais e de telefones
celulares sem crédito/recarga.
Humanização da saúde e qualidade pericial
Outro diferencial do “Mulher, Viver sem Violência” é a
humanização do atendimento na saúde pública. Serão adequados
espaços especializados nos Institutos Médicos Legais (IMLs) e rede
hospitalar de referência, formada por 85 unidades que funcionam 24
horas nas capitais.
O governo federal objetiva melhorar as coletas de provas de crimes
sexuais, as quais serão feitas no momento em que a vítima busca
contraceptivos de emergência e coquetéis antirretrovirais nos
hospitais. Na chamada “cadeia de custódia”, vestígios de sêmens e
outras provas do agressor serão coletados. Após, seguirão para os
IMLs, a fim de compor o conjunto de provas periciais que servirão
de base para processos judiciais de responsabilização de
agressores, estupradores e assassinos.
Mais acesso à justiça
Em cooperação técnica com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o
Conselho Nacional dos Ministérios Públicos (CNMP) e o Conselho
Nacional dos Defensores Públicos-Gerais, o governo federal propõe a
articulação de operadores e operadoras de justiça para atuação na
Casa da Mulher Brasileira. Firmado pela presidenta Dilma, o acordo
prevê a atuação desses profissionais em juizados, promotorias e
defensorias públicas nas instalações do programa.
Mudança cultural
Cinco campanhas de massa para combater a violência e exploração
sexual, igualdade de gênero e enfrentamento à violência doméstica
serão desenvolvidas. Terão como foco a sensibilização e
conscientização sobre direitos, o alerta acerca da gravidade do
fenômeno e a busca de adesão para o fim da impunidade. Elas se
juntarão aos esforços de mobilização da “Compromisso e Atitude pela
Lei Maria da Penha – A Lei é mais forte”, no período 2013-2014.
Serviços nas fronteiras
Seis núcleos de atendimento às mulheres em situação de violência
nas fronteiras do Brasil com a Bolívia, Guiana Inglesa, Paraguai e
Uruguai serão criados até o final de 2014. Os três centros
existentes, localizados em Foz do Iguaçu (PR), Oiapoque (AP) e
Pacaraima (RR), receberão R$ 440 mil para fortalecimento e
ampliação dos serviços.
Ao todo, os nove centros pretendem melhorar o atendimento a
migrantes em situação de violência e enfrentar o tráfico de
mulheres, orientar a regularização de documentação, prestar
atendimento psicossocial, disponibilizar assistência jurídica e
fazer o encaminhamento à rede de serviços especializados.
Assinatura do termo de adesão do Paraná ao programa “Mulher, Viver
sem Violência” e adesão de 13 municípios ao Pacto Nacional pelo
Enfrentamento à Violência contra as Mulheres
Data: 26 de julho de 2013 (sexta-feira)
Horário: a partir das 10h
Local: Pleno do Tribunal de Justiça (Praça Nossa Senhora da Salete
- Centro Cívico) Curitiba/PR
Com informações da
SPM
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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