Cerca de 20 mil metalúrgicos, químicos,
jornalistas, bancários, rodoviários, trabalhadores da construção
civil e de outras categorias, filiadas à CUT e as demais centrais
sindicais, e movimentos sociais lotaram o Paço Municipal de São
Bernardo do Campo na manhã desta quinta-feira, dia 11. Os
manifestantes participaram, de forma pacífica, do Dia Nacional de
Lutas, organizado pela CUT e centrais sindicais, em todo o
País.
A atividade teve início, às 7h30, com uma passeata organizada pelo
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que percorreu a pista da via
Anchieta rumo ao Paço municipal.
A necessidade de uma reforma política, com a realização de um
plebiscito, e a urgente votação das reivindicações da classe
trabalhadora no Congresso Nacional deram o tom da manifestação. “O
nosso sistema político está apodrecido e falido. Esta classe
política não está olhando para a população, mas apenas para seus
interesses. É um absurdo o presidente do Senado usar um avião da
FAB para ir ao evento familiar”, disse o presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.
O sindicalista também chamou a atenção para a importância de uma
mídia democrática. “Fizemos um grande ato em Brasília, no dia 6 de
março, com as centrais sindicais e, infelizmente, foi escondida
pela grande imprensa”, disse.
O presidente do SMABC comentou que o Sindicato recebeu na
quarta-feira, dia 10, e-mails de pessoas criticando a atividade da
CUT e das centrais. “Estas pessoas disseram que nós estamos acuados
e estou aqui para dizer que isso é mentira. Este ato é apenas o
começo”.
Engavetada
O presidente da CUT, Vagner Freitas, também defendeu uma reforma
política no Brasil. “Hoje, temos 400 parlamentares que são bancados
por empresários e banqueiros e eles nunca votaram projetos de
interesse da classe trabalhadora. Defendemos um plebiscito urgente
sobre a reforma política no País”, conta.
Freitas comentou que a pauta da classe trabalhadora, apresentada
novamente em 6 de março, está engavetada no Congresso Nacional e
até agora não foi apreciada. “Nós sabemos que o Brasil cresceu. Não
existe um País democrático se o Estado não prover educação e saúde
de qualidade. Também precisamos urgente de uma reforma tributária
no Brasil. Hoje, o dono do jetski e o banqueiro não pagam impostos,
mas os trabalhadores sim”, indagou.
“Sem-vergonhice”
Rafael e Vagner criticaram o projeto de lei aprovado pelo
Congresso, na semana passada, que acaba com a multa adicional de
10% do FGTS nas demissões sem justa causa. “Isso é sem-vergonhice,
Dilma vete este projeto”, afirma Vagner.
Sem máscara
Durante os discursos, o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, o
Paulão, chamou a atenção de um grupo de jovens que usava máscaras,
pedindo para que eles tirassem. “Mostrem a cara, o nosso ato aqui é
pacífico e quem estiver conosco tem que estar de cara limpa. O
gigante nunca esteve adormecido”, concluiu.
A manifestação no Paço Municipal em São Bernardo do Campo reuniu
lideranças do ramo metalúrgico cutista, como a Secretária da Mulher
da FEM, Andréa Sousa, o Secretário geral da CNM/CUT, João Cayres, e
dirigentes de 24 sindicatos cutistas da região do ABC paulista. O
diretor de Finanças da FEM-CUT/SP, José Paulo, que também
participou da atividade criticou o projeto de terceirização 4330,
de autoria do Deputado Sandro Mabel (PL-GO). "Conseguimos adiar a
votação deste projeto para o dia 5 de agosto. Este
projeto é prejudicial, porque precariza as condições de
trabalho da classe trabalhadora", comenta.
Avenida Paulista
Agora à tarde, os metalúrgicos vão participar do Ato da CUT e
centrais no vão livre do MASP, com uma caminhada pelo centro
Paulista.
Confira a pauta da CUT e das centrais
sindicais
-Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de
salários;
-Contra o PL 4330, sobre Terceirização
-Fim do fator previdenciário;
-10% do PIB para a Educação;
-10% do Orçamento da União para a Saúde;
-Transporte público e de qualidade;
-Valorização das Aposentadorias;
-Reforma Agrária;
-Suspensão dos Leilões de Petróleo.
Pauta da CUT Nacional
-Plebiscito da reforma política.
Viviane
Barbosa, editora do Portal da CNTT/CUT, com a colaboração de Raíssa
Souto
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