Protesto no ABC paulista reúne 20 mil metalúrgicos e outras categorias

Os trabalhadores reivindicaram a prioridade da pauta da classe trabalhadora e a reforma política.


Publicação: 11/07/2013
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Cerca de 20 mil metalúrgicos, químicos, jornalistas, bancários, rodoviários, trabalhadores da construção civil e de outras categorias, filiadas à CUT e as demais centrais sindicais, e movimentos sociais lotaram o Paço Municipal de São Bernardo do Campo na manhã desta quinta-feira, dia 11. Os manifestantes participaram, de forma pacífica, do Dia Nacional de Lutas, organizado pela CUT e centrais sindicais, em todo o País.
A atividade teve início, às 7h30, com uma passeata organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que percorreu a pista da via Anchieta rumo ao Paço municipal.
A necessidade de uma reforma política, com a realização de um plebiscito, e a urgente votação das reivindicações da classe trabalhadora no Congresso Nacional deram o tom da manifestação. “O nosso sistema político está apodrecido e falido.  Esta classe política não está olhando para a população, mas apenas para seus interesses. É um absurdo o presidente do Senado usar um avião da FAB para ir ao evento familiar”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.
O sindicalista também chamou a atenção para a importância de uma mídia democrática. “Fizemos um grande ato em Brasília, no dia 6 de março, com as centrais sindicais e, infelizmente, foi escondida pela grande imprensa”, disse.
O presidente do SMABC comentou que o Sindicato recebeu na quarta-feira, dia 10, e-mails de pessoas criticando a atividade da CUT e das centrais. “Estas pessoas disseram que nós estamos acuados e estou aqui para dizer que isso é mentira. Este ato é apenas o começo”.

Engavetada

O presidente da CUT, Vagner Freitas, também defendeu uma reforma política no Brasil. “Hoje, temos 400 parlamentares que são bancados por empresários e banqueiros e eles nunca votaram projetos de interesse da classe trabalhadora. Defendemos um plebiscito urgente sobre a reforma política no País”, conta.
Freitas comentou que a pauta da classe trabalhadora, apresentada novamente em 6 de março, está engavetada no Congresso Nacional e até agora não foi apreciada. “Nós sabemos que o Brasil cresceu. Não existe um País democrático se o Estado não prover educação e saúde de qualidade. Também precisamos urgente de uma reforma tributária no Brasil. Hoje, o dono do jetski e o banqueiro não pagam impostos, mas os trabalhadores sim”, indagou.

“Sem-vergonhice”
Rafael e Vagner criticaram o projeto de lei aprovado pelo Congresso, na semana passada, que acaba com a multa adicional de 10% do FGTS nas demissões sem justa causa. “Isso é sem-vergonhice, Dilma vete este projeto”, afirma Vagner.

Sem máscara
Durante os discursos, o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, o Paulão, chamou a atenção de um grupo de jovens que usava máscaras, pedindo para que eles tirassem. “Mostrem a cara, o nosso ato aqui é pacífico e quem estiver conosco tem que estar de cara limpa. O gigante nunca esteve adormecido”, concluiu.
A manifestação no Paço Municipal em São Bernardo do Campo reuniu lideranças do ramo metalúrgico cutista, como a Secretária da Mulher da FEM, Andréa Sousa, o Secretário geral da CNM/CUT, João Cayres, e dirigentes de 24 sindicatos cutistas da região do ABC paulista. O diretor de Finanças da FEM-CUT/SP, José Paulo, que também participou da atividade criticou o projeto de terceirização 4330, de autoria do Deputado Sandro Mabel (PL-GO). "Conseguimos adiar a votação deste projeto para o dia 5 de agosto. Este  projeto é prejudicial, porque  precariza as condições de trabalho da classe trabalhadora", comenta.

Avenida Paulista
Agora à tarde, os metalúrgicos  vão participar do Ato da CUT e centrais no vão livre do MASP, com uma caminhada pelo centro Paulista.

Confira a pauta da CUT e das centrais sindicais
-Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários;
-Contra o PL 4330, sobre Terceirização
-Fim do fator previdenciário;
-10% do PIB para a Educação;
-10% do Orçamento da União para a Saúde;
-Transporte público e de qualidade;
-Valorização das Aposentadorias;
-Reforma Agrária;
-Suspensão dos Leilões de Petróleo.

Pauta da CUT Nacional
-Plebiscito da reforma política.

Viviane Barbosa, editora do Portal da CNTT/CUT, com a colaboração de Raíssa Souto



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