Prêmio valoriza a mulher negra na mídia

A homenagem ganhou o nome de Antonieta de Barros, uma jornalista negra de merecido destaque.


Publicação: 28/06/2013
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Na avaliação da médica Jurema Werneck, diretora da ONG Criola e doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ, a mídia ainda trata a mulher negra “como não-sujeito” reforçando estereótipos. “Somos expostas como vítimas, perpetradoras de tragédias, ou como veículos [transmissores] da tragédia: mãe, esposa ou irmã de assassinos”, alerta ela, que já integrou a Comissão Julgadora do concurso em 2012. (Jornalista, Antonieta de Barros - Foto: Divulgação)
Para a coordenadora do Prêmio Abdias e da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), Sandra Martins, romper esse cenário exige da imprensa brasileira reportagens bem apuradas, com dados estatísticos e pluralidade de fontes que promovam a reflexão sobre a situação das mulheres negras no país e suas questões. Segundo ela, mesmo quando reportagens são feitas em uma perspectiva positiva, estas mulheres ficam de fora.
“Quando o tema é o Dia da Mulher e a pauta mostra várias conquistas, a mulher negra brasileira, sua luta por direitos humanos e seu protagonismo são muitas vezes invisibilizados. Porém, quando o viés é o do serviço inadequado, ou o da vítima, ela é mostrada. Mas, desta vez, preferencialmente com cabelos desalinhados e sinais de dificuldades financeiras, uma abordagem negativa", avalia Sandra.

Sobre Antonieta de Barros
Entre as sete categorias do Prêmio Nacional Abdias Nascimento, o prêmio Especial de Gênero ganhou o nome de Antonieta de Barros para homenagear uma jornalista negra de merecido destaque. Nascida no início do século XX, em Santa Catarina, Antonieta rompeu fronteiras e se tornou a primeira mulher negra a assumir um mandato popular no Brasil, eleita deputada estadual duas vezes pelo voto direto.
Para o primeiro mandato, Antonieta foi eleita em 1935, um ano depois de as mulheres conquistarem o direito ao voto. Filha de uma lavadeira e orfã de pai, se destacou como jornalista e escritora. Articulista em vários periódicos de Florianópolis, fundou e dirigiu ainda jovem os jornais A semana (1922- 1927) e a Vida Ilhôa (1930).
Suas crônicas difundiram ideias sobre a condição feminina e denúncias do preconceito racial. Nessa época, ela adotou o pseudônimo Maria da Ilha, como qual escreveu crônicas para os jornais “República” e “O Estado” (1929 e 1952).
No campo político, seguiu um programa dedicado à melhoria do ensino e à criação de concursos para professores, bem como bolsas de estudo para cursos superiores. Incansável na reivindicação por educação, alfabetizou, em sua própria casa, dezenas de crianças pobres, incentivando sempre o hábito da leitura.
O Prêmio Jornalista Abdias Nascimento também recebe inscrições nas categorias: Mídia Impressa, Televisão, Rádio, Internet, Mídia alternativa ou comunitária. Acesse o regulamento: www.premioabdiasnascimento.org.br. As inscrições ficarão abertas até 31 de julho em sete categorias, entre as quais a Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros.

Com informações Agência de Boa Notícia



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