As ações e
programas voltados para o enfrentamento à violência contra as
mulheres, desenvolvidas pela Secretaria de Políticas para as
Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), foram apresentados,
na última quinta-feira, dia 13, durante o seminário nacional
‘Fortalecimento e Capacitação da Rede de Procuradorias da Mulher
nos Estados e Municípios’. O evento foi realizado pelas
procuradorias Especiais da Mulher da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, em Brasília.
Dando continuidade à participação da SPM no encontro, que se
iniciou pela manhã com a ministra Eleonora Menicucci, a secretária
nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Aparecida
Gonçalves, destacou o programa ‘Mulher, Viver sem violência’,
lançado em março pela presidenta Dilma Rousseff.
A secretária nacional afirmou que o novo programa, por meio
da ‘Casa da Mulher Brasileira’, reunirá no mesmo espaço delegacias
especializadas de atendimento à mulher (DEAMs), juizados e varas,
defensorias, promotorias, além de equipe psicossocial e de
orientação ao emprego e renda. “Reunindo todos esses serviços na
Casa da Mulher Brasileira, estaremos evitando que a mulher vítima
da violência se perca no caminho do acesso aos serviços públicos.
Atualmente, em muitos casos, ela chega a uma delegacia para fazer a
denúncia, mas não aos demais serviços, pela dificuldade no acesso”.
Acrescentou que será feito investimento na humanização do
atendimento na saúde pública, com a adequação dos espaços
especializados para melhorar as coletas de provas de crimes
sexuais. (Secretária,
Aparecida Gonçalves - Foto: Divulgação)
Ligue 180
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, conforme explicou a
secretária da SPM, será transformada em disque-denúncia. Desde a
criação do serviço, em 2005, foram feitos mais de três milhões de
atendimento. “Parece ser um número alto, mas ainda há é alto o
índice de mulheres vítimas de violência que não têm acesso à
informação sobre seus direitos. E muitas não denunciam a violência
por medo ou por se sentirem culpadas”, avaliou.
Aparecida Gonçalves apontou o Pacto Nacional pelo
Enfrentamento à Violência contra as Mulheres como o acordo
federativo para a implementação da Política Nacional de
Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. “Criado em 2007, com
a cooperação de todos os 26 estados e do Distrito Federal, mais a
adesão de 413 municípios, o Pacto Nacional descentraliza a gestão
das políticas de enfrentamento à violência contra as
brasileiras”. Assinalou que a criação do Pacto resultou num
aumento de 161% no número de serviços especializados de atendimento
à mulher, tais como delegacias, centros especializados, casas
abrigo, juizados e varas da violência, promotorias e núcleos,
defensorias públicas e serviços de atendimento à mulher e a
adolescentes vítimas de violência sexual.
Desafios
“Apesar desses avanços, não atingimos 10% dos municípios com
serviços especializados. E os existentes podem acabar, já que não
foram implementados através de Projetos de Lei”. E um desafio do
Legislativo, reforçou Aparecida Gonçalves, é o de formular leis
para a criação efetiva desses serviços em todo o território
brasileiro. Outra questão, ponderou, é garantir, no orçamento dos
estados e municípios, recursos para serem aplicados no
enfrentamento à violência contra as mulheres.
A secretária da Mulher do Distrito Federal, Olgamir Amancia,
participou do debate, contando a experiência da sua pasta, criada
em janeiro de 2011. E as procuradoras da Mulher da Câmara e do
Senado, a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) e a senadora Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM), respectivamente, fizeram exposição sobre a
atuação das instâncias.
As parlamentares enfatizaram a reduzida participação de
mulheres no Legislativo nacional. Elcione Barbalho lembrou que a
Câmara Federal possui apenas 8,7% de representatividade e que o
Senado, 12%. Vanenessa Grazziotin argumentou que a participação
feminina nas Assembleias Legislativas do país não chega a 30%. A
deputada e a senadora apontaram a necessidade de uma reforma na Lei
estabelecendo cotas de participação feminina efetiva no Legislativo
para reduzir a desigualdade existente.
Com informações da Secretaria de Políticas para as
Mulheres
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