São Paulo: Metroviários e bancários protestam contra privatização durante inauguração de três novas estações

Para sindicalistas, terceirização e a entrega do patrimônio vão degradar o sistema do transporte sobre trilhos

Por: Vanessa Ramos - CUT São Paulo
Publicação: 06/09/2017
Imagem de São Paulo: Metroviários e bancários protestam contra privatização durante inauguração de três novas estações

divulgação

Metroviários e bancários protestaram nesta quarta (6) contra a privatização da Linha 5-Lilás do Metrô, durante inauguração das novas estações Brooklin, Alto da Boa Vista e Borba Gato, entregues com três anos de atraso.

 ato, ocorrido na recém-inaugurada estação Brooklin, na zona sul da capital paulista, contou com a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). 

A Linha 5-Lilás do Metrô têm o seu histórico de construção marcado por seguidos erros de gestão e de planejamento dos governos estaduais sob comando do PSDB há mais de 20 anos. As obras, iniciadas em 1998, ainda no governo do tucano Mário Covas, foram alvo de denúncia do Ministério Público em 2010, após descoberta de que as empresas que venceriam os lotes para a construção da extensão da linha eram conhecidas seis meses antes da licitação.

Privatização e terceirização

Os trabalhadores criticam a concessão da operação da linha à iniciativa privada, com previsão para ocorrer no dia 28 de setembro.  Coordenador de Patrimônio e Tesouraria do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Marcos Freire avalia que a privatização e a terceirização representam a degradação do sistema do transporte sobre trilhos.

“É um serviço que tende a ser de baixa qualidade, com menor quantidade de funcionários. Isso sem falar da segurança do usuário no sistema e da ausência de um bom atendimento em casos de agressão, furtos e assédio sexual. E no caso de problemas técnicos, sem um número adequado de trabalhadores, isso tende, por exemplo, a ter maior atraso no andamento dos trens”, afirma, ao comparar problemas relacionados à Linha 4-Amarela do Metrô.

O protesto  também contou com a participação da categoria bancária que organiza nacionalmente a campanha “Se é público, é para todos”, iniciativa que busca sensibilizar a sociedade sobre as ameaças de privatização dos bancos e empresas públicas, alertando sobre o que está em jogo diante da ofensiva neoliberal.

A bancária Fernanda Lopes, dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Regional Sul do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, reforça o apoio à luta da categoria metroviária e dá exemplos dos retrocessos que a privatização causou em sua categoria.

“Assim como os metroviários, passamos pela privatização de bancos. Isso causou demissões, novas contratações com menores benefícios, salários mais baixos e maior cobrança por metas, situação que causa muitos adoecimentos. Junto a isso, a piora no atendimento à população, que sequer conta com agências nas periferias”, aponta.

Para Fernanda, a população deve se conscientizar sobre a importância das empresas públicas. “Isso serve para o transporte público, para os bancos e outros setores. Financiamentos como Fies e Minha Casa, Minha Vida se dão em bancos públicos, não dentro de instituições financeiras privatizadas que só têm o lucro como meta”, conclui.                       



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