Em fórum sindical dos BRICS, CUT denuncia reformas do governo golpista

Central apontou que ataques de Temer contrariam compromissos assumidos pelo bloco formado por Brasil, Rússia, China e África do Sul

Por: CUT
Publicação: 27/07/2017
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Secretário de Relações Internacionais da CUT, Antônio Lisboa durante encontro (Foto: divulgação)

Durante abertura do fórum das centrais sindicais dos países que integram o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na China, a CUT denunciou que a aprovação das reformas propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) desrespeita os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.

O compromisso é uma das agendas assumidas pelo bloco e, conforme destacou o secretário de Relações Internacionais da Central, Antônio Lisboa, o projeto de Temer contraria pontos fundamentais da agenda.

“Nos últimos meses, o governo brasileiro aprovou emenda constitucional que proíbe por 20 anos investimentos nos serviços  de educação, saúde e assistência social. Essa emenda atinge fortemente o cumprimento dos objetivos um (redução das desigualdades), dois (erradicação da fome), três (saúde e bem estar) e quatro (educação de qualidade)”, afirmou.

O dirigente tratou ainda da relação entre a Reforma Trabalhista e os retrocessos sociais. “Recentemente, o parlamento brasileiro aprovou uma profunda reforma na legislação trabalhista brasileira que faz retroceder em pelo menos 100 anos as relações de trabalho no Brasil e atinge de morte o objetivo oito da mesma agenda 2030, aquele que trata de trabalho decente e crescimento econômico", acrescentou

Reação do fórum 

Para Lisboa, o Fórum Sindical do Brics deve se posicionar oficialmente contra medidas adotadas por governos que contrariam os princípios norteadores do bloco. O encontro deve divulgar em breve uma declaração conjunta das centrais para a reunião de ministros do Trabalho do Brics, que também se encontrarão na China, e que deve servir como parâmetro de enfrentamento da classe trabalhadora aos retrocessos.  

“Se o Brasil, um dos membros do BRICS, aprova leis que na prática são contrárias aos objetivos da Agenda 2030, é um desafio pra nós, do Fórum Sindical, trabalhar fortemente e de forma unitária para que o país reveja suas políticas de ataque aos objetivos do desenvolvimento sustentável”, cobrou.

Para o secretário, o mundo vivencia um retorno ao modelo neoliberal que concentra a riqueza na mão de poucos,  aumenta as desigualdades e a pobreza e dificulta o multilateralismo, com ameaças à paz mundial.

Sentimento que também ficou explícito no "Fórum Político de Alto Nível sobre o Desenvolvimento Sustentável”, do qual a CUT participou e que deixou clara a piora dos indicativos em diversos dos objetivos da Agenda 2030.

Segundo ele, o movimento sindical é crucial para rever o modelo excludente. “A implementação de novas e alternativas políticas macroeconômicas e industriais são determinantes para uma mudança que gere empregos de qualidade, com respeito ao meio ambiente, a implementação de sistemas justos de tributação e o combate à evasão fiscal. Esses são  desafios a serem enfrentados pelos Brics e, para tanto, os sindicatos devem ter papel fundamental na implementação dessas políticas.”

O sexto encontro do Fórum das Centrais Sindicais do Brics, criado em 2012, reúne líderes de 14 sindicatos dos países do bloco que representa mais de 40% da população mundial, um terço do PIB global e 17% do comércio do mundo. O fórum começou na segunda (24) e segue até a quinta-feira (27).



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