Custo da violência contra as mulheres atinge 1,5 trilhão de dólares, alerta ONU

O Brasil está na 5ª posição em um ranking de 83 países em assassinato de mulheres

Por: Redação CNTTL
Publicação: 26/05/2017 às 17:57 - Atualização: 26/05/2017 às 18:23
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Campanha da ONU “O Valente não é Violento” que está sendo aplicado nas escolas do Espírito Santo

As Nações Unidas reforçaram, na quinta-feira (25), batizado de Dia Laranja Pelo Fim da Violência contra as Mulheres,  seu apelo à mobilização de recursos para acabar com a violência contra mulheres e meninas e para o imenso custo dessa violência de gênero. 

Segundo o órgão, estima-se que o custo da violência contra as mulheres represente 2% do produto interno bruto global, ou cerca de 1,5 trilhões de dólares.

“A violência contra as mulheres é uma manifestação perversa fruto da discriminação e da desigualdade de gênero. Para além das consequências humanas imensuráveis que ela traz, tal violência impacta em elevados custos para os serviços de atendimento -incluindo a saúde, a segurança e a justiça. Investir na prevenção e na erradicação da violência contra as mulheres e meninas é muito menos custoso do que tem nos custado a falta de ação”, diz Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres.


Enfrentamento

O enfrentamento à violência contra mulheres e meninas continua apresentando desafios para o Brasil, ilustrados em dados e pesquisas sobre o tema. 40% das mulheres brasileiras já sofreram violência doméstica em algum momento de sua vida. 

De acordo com pesquisa nacional de percepção , 66% dos brasileiros presenciaram uma mulher sendo agredida fisicamente ou verbalmente em 2016. 

Em 2014, foram mais de 45 mil estupros cometidos no Brasil. A cada duas horas uma mulher é assassinada no país, a maioria por homens com os quais têm relações afetivas. O que coloca o Brasil na 5º posição em um ranking de 83 países em assassinato de mulheres.
 
 
Agenda 2030 Rumo à Igualdade de Gênero 

 A Agenda 2030 reconhece a violência de gênero como uma barreira ao desenvolvimento. Os compromissos assumidos pelos Estados-Membros nesta Agenda desafiam os governos e a comunidade internacional a garantir financiamento e serviços adequados para vítimas de violência e a implementar mecanismos de prevenção para impedir que a violência contra mulheres e meninas aconteça em primeiro lugar.

Evidências disponíveis mostram o imenso custo da violência contra mulheres e meninas em todo o mundo. E, paralelamente, também há iniciativas que ilustram como investimentos de pequena escala, quando oportunos e bem direcionados, podem trazer enormes benefícios para mulheres e meninas e para suas comunidades.

Prevenção no Brasil 

Estudos sobre o custo da violência indicam que a prevenção precoce custa imensamente menos do que a intervenção em estágios avançados de crise. Revelam ainda que investir em detectar e prevenir a violência contra as mulheres poupará recursos consideráveis no futuro.

O Governo do Espírito Santo tem olhado para a prevenção como uma das principais formas de enfrentar as violências estruturais. O Estado ocupa o 2º lugar em assassinato de mulheres no país.

Em 2016, a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado iniciou em parceria com a ONU Mulheres a capacitação de 43 professores e gestores da rede pública de ensino para implementação  do currículo: O Valente não é Violento nas escolas. 

A parceria visa avançar na prevenção da violência contra mulheres e meninas por meio da educação formal sobre igualdade de gênero. 

Uma segunda etapa do projeto inclui a realização de um piloto com 50 escolas da rede pública, a fim de reduzir os índices de violência contra meninas, incluindo a violência sexual, o abuso, a gravidez na adolescência e o casamento infantil.


Dia Laranja
Todo dia 25 do mês é um Dia Laranja pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A data conclamada pelas Nações Unidas no marco da Campanha UNA-SE busca ampliar o calendário celebrado no dia 25 de novembro – Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Trata-se de um dia para dar visibilidade ao tema, mobilizar o compromisso e exigir as condições para que mulheres e meninas possam viver uma  vida livre de violência.


O custo da violência contra as mulheres

O custo da violência contra as mulheres pode chegar a 2% do PIB mundial. O que equivale a 1.5 trilhões de dólares - aproximadamente a economia do Canadá.

Em Uganda, o custo anual com funcionárias/os que tratam mulheres vítimas de violência doméstica é de 1.2 milhões de dólares.

O custo anual da violência contra as mulheres para a Justiça no Marrocos é de 6.7 milhões de dólares.

Na Nova Guiné, empregadas do setor privado perdem 11 dias de trabalho ao ano como resultado da violência de gênero.

O Peru perdeu mais de 70 milhões de dias trabalhados devido à violência doméstica e familiar.

20% das mulheres no Camboja que foram vítimas de violência doméstica relatam que faltaram ao trabalho e seus filhos faltaram à escola.

No Vietnã, o custo direto da violência doméstica representa 21% das despesas mensais das mulheres; e vítimas da violência doméstica ganham 35% menos do que mulheres que não sofreram este tipo
de violência.

O custo anual da violência cometida por parceiros íntimos das mulheres é de 5.8 bilhões de dólares para os Estados Unidos e de 1.6 bilhões de dólares para o Canadá. Na Inglaterra e no País de Gales o custo da violência doméstica soma 32.9 bilhões de dólares.



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