Nelci: “Precisamos nos manter unidas na luta para o enfrentamento em prol da manutenção dos nossos direitos”

Ela é agente de trânsito, diretora de política de gênero do Sindviários e membro conselho deliberativo da CNTTL

Por: Vanessa Barboza e Viviane Barbosa, Redação CNTTL
Publicação: 31/03/2017
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A companheira Nelci (à dir) na luta junto a companheira rodoviária Cleide Tameirão (Foto: Sindviários)

A  série “Mulheres no Transporte: O que conquistamos e o que podemos avançar”, do Portal CNTTL conversou com a companheira  Nelci Fidelis,  agente de trânsito da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em São Paulo.

Com 20 anos de profissão  a trabalhadora é  Diretora de Política de Gênero do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema de Fiscalização, Planejamento Viário e Urbano do Estado de São Paulo (Sindviarios/SP) e membro conselho deliberativo da CNTTL.  

Em nossa entrevista, Nelci alertou sobre o momento de retrocesso no Brasil com o governo golpista de Temer e a necessidade das mulheres se manterem unidas na luta para o enfrentamento consciente em prol da manutenção dos direitos conquistados. Confira a seguir:

 

Portal CNTTL/CUT: Quem são as agentes de trânsito?

Nelci Fidelis: As agentes de trânsito têm em seu dia a dia um grande desafio: o de organizar com segurança a fluidez e mobilidade da maior frota de veículos da América Latina. O trabalho é árduo, e a cada dia um imprevisto nas vias, que elas enfrentam como muita competência e profissionalismo, debaixo de chuva e sol, sem deixar nada a desejar, para um ramo predominantemente masculino. A presença das companheiras trabalhadoras no trânsito só vem reforçar que lugar de mulher é onde ela quiser.

CNTTL/CUT: Quais são as principais funções?

Nelci: As atividades das trabalhadoras no trânsito inclui: a remoção de interferências na via, desbloqueio e canalização de áreas congestionadas, operação de semáforos, áreas de estacionamento, prestação de socorro às vítimas de acidentes, o trabalho de educação para o trânsito nas escolas e conscientização de motoristas e pedestres sobre a segurança no trânsito.

CNTTL/CUT: Quais são as principais lutas da categoria? 

Nelci: As principais reivindicações da categoria sempre foram pautadas na luta por melhores condições de trabalho e salário, pelo reconhecimento da carreira de agentes de trânsito, que inclusive está em tramitação em Brasília, e a batalha constante é por nenhum direito a menos, a busca é sempre para que nossos direitos trabalhistas prevaleçam e que busquemos sempre novas conquistas frente a um mercado de trabalho desigual para nós mulheres.

CNTTL/CUT:  O que você destaca como direito conquistado pelas mulheres no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria?

Nelci: Nosso A.C.T. tem como princípio fundamental o respeito e valorização das trabalhadoras e trabalhadores nas relações de trabalho, com a aplicação de políticas e ações de integração, visando o fortalecimento de comportamento ético e condutas sociais solidárias e responsáveis, sempre com a preocupação da inserção de cláusulas que fortaleçam o combate a toda forma de assédio moral e sexual, discriminação, de gênero, raça, deficiência física e mental e eliminação de diferenças salariais, para que todas e todos possam ter igualdade de oportunidades no ambiente laboral.

CNTTL/CUT:  Em sua opinião, o que precisa avançar nos direitos das mulheres?

Nelci:  Hoje temos importantes conquistas num conjunto de leis de proteção e combate à violência contra nós mulheres, como a Lei Maria da Penha e Lei do Feminicídio, promulgadas nos governos Lula e Dilma. O que falta para que possamos ter uma sociedade justa e igualitária, e sem violência, é a lei sair do papel, se materializar, se tornar realidade. Nossa sociedade sem violência só será possível se o Estado se tornar presente, com políticas públicas de construção de mais creches, mais escolas e mais saúde e educação, para que nós mulheres possamos ter mais oportunidades e espaço no mundo do trabalho e da política.

CNTTL/CUT: Qual é a sua mensagem para as mulheres nesse ano de ataques aos direitos da classe trabalhadora?

Nelci: O momento é de retrocesso. Temos um governo ilegítimo, que tenta acabar com todos os direitos conquistados por nós classe trabalhadora. Não fujamos à luta! Temos que nos mantermos unidas, trabalharmos incansavelmente pelo esclarecimento e conscientização política da população, e a rua é o espaço legítimo de nós trabalhadoras e trabalhadores ao enfrentamento consciente em prol da manutenção dos nossos direitos. “NENHUM DIREITO A MENOS”.



Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran

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