Mara: "Temos que ter consciência que temos um só projeto: o da defesa dos nossos direitos"

CNTTL inicia nova série “Mulheres no Transporte: O que conquistamos e o que podemos avançar”

Por: Viviane Barbosa e Vanessa Barboza da Redação CNTTL
Publicação: 20/03/2017
Imagem de Mara:

Secretária da Mulher da CNTTL, Mara Meiry (Arquivo: CNTTL)

Para marcar o mês internacional de lutas das mulheres, a CNTTL inicia uma série de entrevistas com as sindicalistas dos modais de transportes, que abordarão o tema "Mulheres no Transporte: O que conquistamos e o que podemos avançar”.

Nossa série começa com a companheira aeroportuária e secretária da Mulher da CNTTL, Mara Meiry Tavares de Jesus Amaro ,que também é dirigente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina/CUT) e  secretária da mulher da CUT na Regional do Triângulo Mineiro em Minas Gerais. 

Funcionária na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), estatal pública, no Aeroporto de Uberlândia (MG), a sindicalista destaca que é preciso que as mulheres ganhem mais espaço nas mesas de negociação das campanhas salariais nos transportes “Precisamos empoderar e capacitar as mulheres para que possam defender nas mesas de negociação cláusulas de interesse feminino”, pontua.

Confira mais:

Portal CNTTL/CUT:  Sabemos que as aeroportuárias trabalham nos aeroportos, mas o que elas fazem?

Mara Meiry: Os aeroportuários desempenham uma função importante que asseguram a segurança nas operações nos aeroportos. As aeroportuárias (os) são as (os) funcionárias (os) das empresas que administram os aeroportos. No Brasil temos: a Empresa Brasileira  de  Infraestrutura  Aeroportuária  (Infraero),  estatal  pública,  que  administra 59 aeroportos no Brasil, na qual a profissional é concursada; e seis concessionárias privadas que administram os aeroportos de Guarulhos  (SP),  Campinas  (SP),  Brasília,  São  Gonçalo  do  Amarante  (RN-Natal), Galeão (RJ) e Confins ( Belo Horizonte).

Pela concessionária, a aeroportuária é contratada no mercado. A Infraero detém 49% do capital social. Na base do nosso Sindicato, o Sina, representamos 12 mil aeroportuários  na Infraero e cinco mil nas concessionárias.

Portal CNTTL/CUT: Quais são as principais funções?

Mara: Elas  trabalham  nas aéreas administrativa , ocupando cargos de superintendência, secretariado e gerência; como  profissional de serviço aeroportuário, conhecido como PSA, que é responsável pela fiscalização e pátio, sistema de segurança e proteção e também no Terminal de Cargas (Teca) em funções, como por exemplo: operadora de empilhadeira.

Portal CNTTL/CUT:  Quais são as principais lutas da categoria? 

Mara: Uma das principais bandeiras de lutas é o combate à privatização dos aeroportos públicos para iniciativa privada. O Sina defende que os aeroportos são importantes para o desenvolvimento econômico e social do Brasil e que o desmonte do governo federal anunciado  por meio de concessões é prejudicial ao país. No campo dos direitos sociais e econômicos, o Sindicato continuará a luta para que os direitos conquistados no Acordo Coletivo de Trabalho da Infraero sejam igualmente estendidos aos aeroportuários nas empresas concessionárias.

Portal CNTTL/CUT:  Conte para nós quais foram os principais direitos conquistados para as trabalhadoras nos Acordos Coletivos de Trabalho?

Mara: O Acordo Coletivo de Trabalho  da Infraero é considerado uma referência em razão das conquistas  nas cláusulas sociais de gênero e também para os  parceiros (as) do mesmo sexo. Nossa luta é igualar essas conquistas da CCT  da  empresa  pública  também  nas  concessionárias privadas.

Entre elas estão horário de saída para gestantes; uma cláusula específica sobre combate ao assédio moral, Licença-maternidade estendida, Horário para amamentação, Estabilidade provisória à gestante, auxílio creche, proteção à gestante, material escolar para os filhos dos aeroportuários e faltas abonadas. Graças  à  luta  do  Sina,  80%  dos acordos firmados  com  as concessionárias estão semelhantes à CCT da Infraero.

Portal CNTTL/CUT:  Em sua opinião, o que precisa avançar nos direitos das mulheres?

Mara: Olha eu considero que o que nós mulheres já temos de reivindicações escritas nas mais diversas instituições que lutam desde sempre pela nossa igualdade de direitos, já é o que suficiente, por enquanto. Não basta só conseguirmos colocar nossas reivindicações num pedaço de papel, seja ele de que órgão for. Temos é que socializar para toda a classe trabalhadora e sociedade, conquistas que muitas vezes se limitam a uma única categoria. 

Mas o mais importante e urgente é melhorar nossa forma de organização para fazer com que o que já temos escrito, seja de fato cumprido. Cobrar a punição de quem não cumpre.

Portal da CNTTL/CUT: Qual é a sua mensagem para as mulheres nesse ano de ataques aos direitos da classe trabalhadora?

Mara:  A hora é agora. Temos que ter consciência que temos que trabalhar um só projeto: o da defesa dos nossos direitos. O resto é resto. Fica para depois. Ou seja, vamos focar nesta batalha e deixar TODAS as demais diferenças de lado. Estou falando de diferenças partidárias, religiosas, etc. Se somos mais de 50% da população brasileira, o que estamos esperando?

 



Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran

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