Mulheres cutistas ressaltam conquistas durante o governo Lula e rechaçam Temer

Em encontro, trabalhadoras prometem resistência ante o retrocesso imposto pelo governo interino

Por: CUT
Publicação: 17/08/2016
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Foto: Dino Santos

Mulheres sindicalistas e representantes de movimentos populares se reuniram na segunda (15) para refletir e celebrar os 10 anos da Lei Maria da Penha (11.340/06), completados neste ano.

O ato, organizado pela CUT/SP, por meio da Secretaria da Mulher Trabalhadora, ocorreu em Santo André (SP) e teve a presença do ex-presidente Lula, responsável por sancionar a lei, e de sua companheira e ex-primeira dama Marisa Letícia, que atualmente tem sido vítima de ataques caluniosos e machistas nas redes sociais.

Antes dos dois falarem, uma mesa para discutir as conquistas e os desafios da Lei Maria da Penha foi realizada com a participação de mulheres militantes na luta pela igualdade de gênero.

As participantes apontaram avanços nos últimos anos relacionados às políticas de fortalecimento do empoderamento feminino e apresentaram preocupações sobre o andamento do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB), que tem promovido o desmonte das políticas sociais e trabalhistas.

Lembraram que Temer nomeou somente ministros homens e que ele acabou com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, representando grande retrocesso.

Reflexão
Responsável por fundar a primeira Secretaria da Mulher na região do ABC, construída na gestão do prefeito Carlos Grana, a titular da pasta Silmara Conchão disse ser um grande avanço a lei, pois hoje praticamente toda a população sabe do que se trata, mas ressaltou que 10 anos ainda é pouco para transformar uma cultura machista.

"A gente está falando de uma questão cultural, histórica e naturalizada na sociedade. Não dá mais para fazer piada de algo que coloca as mulheres em situação de inferioridade", afirmou.

Já a sindicalista Maria Mendes falou sobre os 30 anos de participação das mulheres na direção da maior central sindical da América Latina, a CUT, da qual ela foi a primeira mulher a compor a direção quase dois anos após a fundação da entidade. "As mulheres estavam na construção da CUT, articulando com os companheiros e companheiras sobre sua importância. Logo, não fazia sentido a gente (mulheres) propor pautas e não estar na direção para defendê-las. Então passamos a cobrar presença", recorda.

Mediadora do debate, a bancária e secretaria de Comunicação da CUT/SP, Adriana Magalhães lembrou que as políticas afirmativas para as mulheres são frutos dos governos populares de Lula que tiveram continuação por Dilma Rousseff. "Com esse trabalho e a partir da luta das mulheres, foi possível dar visibilidade às denúncias de assédio sexual e moral", completou.

A também sindicalista Luci Paulino falou dos desafios das mulheres em chegar a espaços tradicionalmente ocupados por homens e dos preconceitos sofridos. "Não foi fácil chegar à direção de sindicatos ou de secretarias de partidos. No início éramos cantadas, pouco ouvidas. Até que conseguimos transformar isso", disse.

Por fim, a pesquisadora e ativista em direitos humanos Vera Soares trouxe um pouco do histórico de construção da lei, que ocorreu após intensa mobilização dos movimentos de mulheres sobre a urgente necessidade de romper com a ideia de naturalização da violência contra as mulheres.

"Após a primeira Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres saiu a indicação de fazer essa lei, que é muito rica por ter saído de um processo de participação, de várias vozes", disse.

 



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