“Impeachment é golpe de Estado”, afirma Roberto Caldas

O presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos compara o ímpeto punitivista do Brasil com de países da América Latina

Por: Carta Capital - edição CNTTL
Publicação: 18/04/2016
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Roberto Caldas - Foto: Divulgação

Em entrevista à Carta Capital, publicada nesta segunda (18), o presidente da Corte Interamericana de Direitos Humano (CIDH), Roberto Caldas, destaca o atual clima de polarização e violência no Brasil, durante o processo de impeachment, o qual se caracteriza como golpe. 

O jurista recorda o cenário de países que foram palcos de golpes de Estado recentemente na América Latina, como por exemplo, em Venezuela (2002), Honduras (2009) e no Paraguai (2012), para exemplificar que o mesmo está ocorrendo aqui no Brasil. Em Honduras, por exemplo, o presidente Manuel Zelaya foi retirado de casa ainda de pijamas e enviado para a Costa Rica, fato que identifica a selvageria da oposição. 

Nesses países uma onda de corrupção aliada a um ímpeto punitivista assolou a nação, o que pode ocorrer também no Brasil caso o impeachment venha a se consolidar, uma vez que os comandantes do processo – aqueles que perderam as eleições em 2014 - querem governar o país extinguindo os direitos sociais conquistados nos últimos anos. 

Segundo Caldas, a própria democracia está em jogo. “Onde estamos? Dentro de um tribunal, cada um tem direito à defesa por tempo igual determinado, com igualdade de armas. Na arena pública, sem armas, é como jogar esses cidadãos aos leões. E isso leva a uma situação indesejável para os direitos humanos, não apenas individuais, mas para a própria democracia.”

O papel da imprensa fica em xeque quando essa é capaz de influenciar a decisão de atores que devem ter isenção e frieza durante o processo de impeachment, como o que vem sendo discutido contra a presidenta Dilma Rousseff, destaca Roberto Caldas. 

“Hoje não são as Forças Armadas, mas mecanismos dos próprios poderes constituídos, majoritários ou não, que aliados a um vazamento para a imprensa, se movem na mesma direção, gerando desestabilização”, finaliza. 

 



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