#VaiTerLula: CNTTL/CUT e CNM anunciam Acampamento em Defesa da Democracia e contra o Golpe em Brasília

Movimento nacional inicia neste domingo (10) e se estenderá até a votação processo de impeachment na Câmara

Por: Viviane Barbosa, Assessora de Imprensa CNTTL/CUT
Publicação: 08/04/2016 às 13:05 - Atualização: 08/04/2016 às 14:21

Paulinho no ato nacional contra o golpe no dia 31 de março, em Brasília

Inicia-se neste domingo (10) o Acampamento em Defesa da Democracia e contra o Golpe dos trabalhadores da cidade e do campo, na capital federal. O movimento é organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística da CUT (CNTTL) em parceria com a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT).

O acampamento será compartilhado com os trabalhadores rurais sem terra no espaço do Teatro Nacional “Cláudio Santoro”, localizado no Setor Cultural Norte Via N2, Asa Norte, em Brasília. Não foi permitido o acampamento na Esplanada dos Ministérios.

Também se somarão a essa importante luta os trabalhadores de todos os modais de transportes de várias cidades do país e de diversas categorias profissionais filiadas à CUT, movimentos sociais e populares defensores da democracia.

O acampamento vai permanecer até o dia da votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, previsto para o dia 17 de abril (domingo). “Será um movimento crescente que inicia no dia 10. Vamos aglutinar caravanas de trabalhadores de todo o país em Brasília”, frisa o presidente da CNTTL, Paulo João Estausia, Paulinho.

O dirigente orientou que os sindicatos dos trabalhadores em transportes participem da agenda nacional de lutas em defesa da democracia anunciadas pela Frente Brasil Popular nas cidades, fiquem em alerta e, caso seja necessário, convoquem paralisações, piquetes e protestos no dia votação na Câmara dos Deputados.

Impeachment é golpe

O presidente da CNTTL/CUT, Paulinho, frisa que o impeachment é um golpe e os principais prejudicados serão os trabalhadores. “Todos os debates que construímos em parceria com o governo nas reuniões do Fórum Permanente do setor de Cargas e no Marco Regulatório do Transporte Rodoviário estão ameaçados. Há 30 anos nunca tivemos canais de diálogo permanente. Isso é inédito no Brasil. Com o golpe, todos os trabalhadores perderão a oportunidade de participar destas discussões que estão trazendo benefícios”, alerta.

Os golpistas

O pretexto usado pelos políticos da oposição para tentar afastar a presidenta Dilma do governo, a chamada “pedalada fiscal”, é um procedimento de gestão do orçamento público de rotina em todos os níveis de governo federal, estadual e municipal e foi adotado nos mandatos de Fernando Henrique e de Lula sem qualquer problema. Ela, simplesmente, colocou dinheiro da Caixa Econômica Federal em programas sociais, para conseguir fechar as contas e, no ano seguinte, devolveu esse dinheiro à Caixa.

Ao contrário da presidenta Dilma, os políticos que pedem o afastamento estão sendo denunciados por corrupção. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que como presidente da Câmara é o responsável pelo processo do impeachment, foi transformado por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal em réu, sob acusação dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, por seu suposto envolvimento no desvio de dinheiro na Petrobras. Há denúncias de que ele recebeu mais R$ 52 milhões na Petrobras e é dono de depósitos milionários em contas secretas na Suíça e em outros paraísos fiscais.

Na comissão de deputados que analisa o pedido de impeachment, com 65 integrantes, 37 (mais da metade!) estão na mira da Justiça, investigados por corrupção. O golpe também é apoiado pela grande maioria da imprensa e parte do judiciário.

Com informações do jornalista e professor da Universidade Federal do ABC, Igor Fuser

#NãoVaiTerGolpe #VaiTerLuta #DilmaFica

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