"Precisamos ser vistas de igual para igual", afirma a rodoviária Cleide

A companheira é Secretária Nacional de Políticas Sindicais da CNTTL/CUT e dirigente do Sindicato dos Rodoviários do ABC

Por: Vanessa Barboza, Redação CNTTL
Publicação: 14/03/2016
Imagem de

Cleide Tameirão - foto: divulgação

Cleide Tameirão é rodoviária e motorista na Viação Humaitá, em Santo André, grande SP, há 15 anos. Ela também é Secretária Nacional de Políticas Sindicais da CNTTL/CUT e dirigente do Sindicato dos Rodoviários do ABC.

Sempre atuante no movimento sindical, a companheira coordena há quase 10 anos o Coletivo de Mulheres Rodoviárias do ABC e é vice- presidente do Curso de Promotoras Legais Populares de Santo André.

Em entrevista à Série Mulheres no Transporte,  Cleide fala um pouco sobre a profissão, a atuação no movimento sindical e as lutas da categoria. Confira:

O que te motivou a entrar no movimento Sindical?

Eu trabalho no setor do transporte desde a minha adolescência. Naquela época, era permitido contratar menores para exercer a função de cobradores e eu comecei aos 16 anos. Após alguns anos, o Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC equipou um ônibus para treinar os cobradores, então eu aproveitei a oportunidade e fui a primeira mulher a se formar no curso de treinamento com o ônibus do Sindicato.

Após isso, fui convidada a fazer parte da direção do Sindicato e eu aceitei porque eu sempre repudiei todo tipo de preconceito, discriminação e exclusão. Nós mulheres precisamos ser vistas de igual para igual no mercado de trabalho.

Qual a importância das mulheres lutarem pelos seus direitos ?

Eu acredito que as mulheres têm que lutar sempre, querer crescer cada vez mais. Porque nós somos competentes, capazes, seres pensantes e isso é muito importante. Nós queremos ser respeitadas, porque a mulher não é um bicho de sete cabeças e sim um ser com muitas ideias.


 

Como as mulheres são vistas no meio rodoviário?

A figura feminina, principalmente no transporte coletivo, mostra claramente que elas têm mais cuidados operacionais nos veículos, sabem ser educadas no tratamento com os usuários e são pacientes no trânsito. Isso prova que pra ter competência não tem sexo.

Quais foram as principais conquistas para as mulheres na sua base?

Nós ainda não temos igualdade salarial, faltam muitas coisas. A nossa principal busca é pela ocupação das mulheres nos espaços de poder viabilizando uma política de ação afirmativa, garantindo uma vida de qualidade, não só para as mulheres, mas sim para toda a sociedade.

Qual recado você deixa para as trabalhadoras?

Eu desejo que esse mês de março seja um mês de grandes reflexões e que cada vez mais as mulheres sejam valorizadas. Nós somos trabalhadoras que estão lutando de igual para igual, para construir um futuro melhor para toda essa sociedade. Felicidade a todas e coragem, pois o céu é o limite.

 



Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran

Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing 

Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com



Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl

Mídia

Filiados

Cobertura Especial

Canal CNTTL

+ Vídeos

Parceiros

Boletim Online

Nome:
Email: